segunda-feira, setembro 18, 2006

Firewall

Título Original:
"Firewall" (200)

Realização:
Richard Loncraine

Argumento:
Joe Forte

Actores:
Harrison Ford - Jack Stanfield
Paul Bettany - Bill Cox
Virginia Madsen - Beth Stanfield
Mary Lynn Rajskub - Janet Stone


Jack Stanfield, especialista em segurança informática, trabalha para o Landrock Pacific Bank sediado em Seattle. Jack construiu a sua carreira e reputação criando o mais eficiente sistema informático da indústria, capaz de proteger o banco da constante ameaça de hackers cada vez mais sofisticados. Mas há uma vulnerabilidade no sistema de Jack: ele próprio. Esta é uma fraqueza que um implacável ladrão decide explorar.

É esta a premissa de Firewall, do realizador Richard Loncraine, maioritariamente conhecido pelos seus trabalhos em televisão, realizador no ano passado da comédia romântica Wimbledon, com Kirsten Dunst e Paul Bettany. Paul Bettany que volta a trabalhar com Loncraine em Firewall, como o vilão da história, num thriller de acção, com muito pouco de novidade a acrescentar ao género.

O tema da insegurança bancária, e do receio de ataques cibernéticos (tudo hoje em dia é imformatizado) explorado em firewall serve de pano fundo a uma intriga base que suporta o género thriller: a família do especialista em segurança informática é raptado e retida em sua própria casa até que ele, Jack Stanfield, descubra uma forma de remotamente conseguir entrar no sistema e permitir o assalto ao banco.

A partir daí o espectador segue os códigos normais de um thriller, no qual há um herói e um vilão, que não tem a ideia do quão forte Jack poderá ser, numa situação de risco iminente para a sua família. O herói é interpretado por Harrison Ford, competente e eficaz e o vilão é o cada vez mais proeminente Paul Bettany, que recentemente participou em Código Da Vinci. Destaque igualmente para Virgínia Madsen, como a mulher de Jack Stanfield, com uma performance forte e segura.

Firewall
é um exercício de entretenimento, eficaz e sóbrio, que se eleva da mediania sobretudo pelo trabalho dos actores, cujos desempenhos são exemplares. Quanto ao resto, como thriller, está cheio de clichés do género e é até um pouco previsível a espaços. Não é um mau filme, mas trata-se sobretudo de mais um veículo para um Harrison Ford em declínio. É um filme banal e que se esquece facilmente após a sua visualização, mas dá para ver numa tarde chuvosa a comer umas pipocas (quando não se quiser pensar muito).

® Sérgio Lopes