domingo, abril 24, 2005

Piratas das Caraíbas: A Maldição do Pérola Negra

Título Original:
"Pirates of the Caribbean: The Curse of the Black Pearl" (2003)

Realização:
Gore Verbinsky

Argumento:
Ted Elliot, Jay Wolpert & Terry Rossio

Actores:
Johnny Depp - Jack Sparrow
Geoffrey Rush - Capitão Barbossa
Orlando Bloom - Will Turner
Keira Knightley - Elizabeth Swann



A Walt Disney e o produtor Jerry Bruckheimer (CSI) uniram-se e transformaram uma das conhecidas atracções dos parques temáticos da Disneyland num dos filmes que mais gostei de ver até hoje e confesso…fui vê-lo três vezes ao cinema.
Piratas das Caraíbas: A Maldição do Pérola Negra, realizado por Gore Verbinsky (A Mexicana, O Aviso) veio dar uma boa lufada de ar fresco a um género de filmes que todos julgavam condenado à extinção. Depois de fracassos de bilheteira e de crítica como A Ilha das Cabeças Cortadas (1995) de Renny Harlin, este filme superou todas expectativas e foi um dos maiores êxitos de bilheteira de 2003 nos E.U.A., em Portugal e em vários países.
A que se terá devido tamanho êxito? A história não tem uma extraordinária forma narrativa que transmita grandes valores, que fira susceptibilidades, que cause polémica.

Senão vejamos: tem Jack Sparrow (Johnny Depp) o pirata mais desastrado e azarado das Caraíbas, que chega a Port Royal com o intuito de se apoderar de um dos navios da marinha inglesa para perseguir o terrível Capitão Barbossa (Geoffrey Rush) que se havia apoderado do seu navio: o Pérola Negra - um lendário que pilhava há dez anos os navios que se cruzassem no seu caminho, cujos tripulantes e capitão sofrem de uma maldição lançada pelos deuses aztecas a moedas de ouro; depois há o par romântico da história: Will Turner - um jovem e habilidoso ferreiro (Orlando Boom) que detesta piratas, até descobrir que o seu pai havia sido um deles, e Elizabeth Swann - a formosa filha do governador (Keira Knightley), que é fascinada por histórias de piratas desde criança e que ao ser rapatada faz com com Will se junte a Jack numa série de aventuras para a salvar. O êxito dever-se-á, entre outros aspectos, ao facto de ser um filme que cativa porque não se leva muito a sério, porque não contém cenas pesadas de filmes anteriores do género que acaba por ser recuperado de forma cómica neste filme, é feita uma saudável paródia aos filmes de piratas.

As cenas de efeitos especiais dos piratas caracterizados como esqueletos são um dos pontos positivos do filme, bem como todos os engenhos e peripécias de algumas cenas como a primeira aparição de Jack Sparrow numa pequena embarcação a deitar água que se afunda mal ele põe os pés no porto, a luta de espadas entre Will e Jack quando se encontram pela primeira vez e tantas cenas mais que remeto ao critério de quem ainda não viu este filme. Diga-se que muitas das coisas que nos fazem rir serão da culpa de Andrew Adamson e Vicky Jenson (os mesmos de Shrek) que assinaram o guião deste filme. Uma referência positiva à banda sonora do filme, assustadora…
Um dos aspectos que recebeu mais e melhores críticas, e aqui fica a minha também, é a notável interpretação de Johnny Depp, um actor tem demonstrado a sua versatilidade ao longo de 20 anos de carreira. Apesar de não ter ganho o Óscar de melhor actor para que foi surpreendentemente nomeado, a sua interpretação neste não será tão cedo esquecida, pois Johnny Depp teve a liberdade de transformar a seu jeito Jack Sparrow num pirata que parece troçar de si mesmo e que é a mais-valia deste filme. Brilham também duas jovens promessas do cinema: Orlando Bloom (o Legolas da trilogia O Senhor dos Anéis) e Keira Knightley (Joga como Beckham, Rei Artur)

Piratas das Caraíbas é um filme que recupera aspectos típicos e o fascínio das histórias de piratas, de um tempo em que os navios eram o mais rápido e único meio de transporte a longa distância e frequentemente eram atacados por navios de piratas. Hoje em dia os piratas navegam por outros mares que bem conhecemos. Esperemos então que a anunciada sequela do filme mantenha o maior brilho possível em relação ao primeiro filme, é sempre arriscado dar continuidade a filmes de grande sucesso.

® Isabel Fernandes

2 Comments:

At 2:06 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Lembro-me de ao aperceber-me do sucesso deste filme na altura, ter desejado que mais tarde ou mais cedo a fabulástica e famosíssima série de jogos de pc Monkey Island em que o lead man Guybrush Threepwood era um pirata com ainda mais humor que Sparrow e com aventuras ainda mais insólitas e rocambolescas fosse adaptada ao cinema, o que não seria assim tão incrível. Vou esperar por isso até quando puder. Curiosamente já usei o nickname Guybrush_ Deixando de parte os old good times, o filme em questão desiludiu-me um bocado. Algo inconsequentemente cómico e mais uns afins. Também preciso de revê-lo e gostei muito dos cenários e espírito décor, mas acabei por preferir Master & Commander.

(Monkey Island ou... como um jogo pc pode deixar muita marca profunda) []

Artur Almeida

 
At 4:29 da tarde, Blogger francisca said...

eu adorei os dois filmes estão o máximo.... agr 'tou ansiosa para ver o "Piratas das Caraíbas III" deve ser o máximo, saber como é que o (Capitão) Jack Sparrow (Jonnhy Deep) vai sair de dentro do "Kraken"....
adoro o papel do Jonnhy Deep, representa muito bem (aqueles "tiquesinhos" gay's (lol) e resolve sempre tudo descontraídamente)... muito fixe....
continuem assim Gore Verbinski,Jerry Bruckheimer, Jonnhy Deep, Orlando Bloom e Keira Knightley (coitada é a unica mulher entra tantos homens)lol....bjx

 

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