domingo, junho 17, 2007

Emma

Título Original:
"Emma" (1996)

Realização:
Douglas McGrath

Argumento:
Douglas McGrath baseado no livro de Jane Austen

Actores:
Gwyneth Paltrow - Emma Woodhouse
James Cosmo - Mr. Weston
Greta Scacchi - Mrs. Weston
Alan Cumming - Mr. Elton


Dirigido por Douglas McGrath, o argumentista de Balas Sobre a Broadway e realizador do recente Infamous (o segundo filme sobre Truman Capote com elogiadas participações de Toby Jones, Sandra Bullock e Daniel Craig), este Emma é um dos meus filmes preferidos, daqueles casos em que é sempre um prazer revê-lo, do princípio ao fim. Diálogos deliciosos, paisagens idílicas, bons costumes e sotaques ingleses, tudo ingredientes em torno da personagem principal que dá nome ao filme, Emma Woodhouse, doce e irresistivelmente interpretada por Gwyneth Paltrow.

Muito graças a este filme, Paltrow figura na minha lista de actrizes favoritas, mas também por outros como Sliding Doors (gosto muito e acredito na sua premissa), Shakespeare In Love ou Proof.

Outra presença tanto em Emma como na minha lista de actores preferidos é Ewan McGregor, um todo-o-terreno, aqui num papel pequeno mas… incisivo.
Mais uma grande actriz é Toni Colette, na pele de Harriet Smith, a “protegida” da protagonista, numa composição com tanta naturalidade que nos toca desde o primeiro momento.

Resumindo rapidamente o filme, Emma é bonita, inteligente, rica e vive confortavelmente ao lado de seu pai viúvo, na pequena cidade de Highbury, no interior da Inglaterra. Quando a sua amiga e ama Miss Taylor a deixa para se casar com Mr. Weston, Emma sente um vazio que tenta colmatar com a amizade de Harriet Smith e um grande objectivo de vida: como ajudar as pessoas a terem uma vida tão perfeita quanto a sua. Assim, dedica-se ao seu maior dom: o seu instinto casamenteiro, dando conselhos na vida sentimental das amigas.

Acabada de sair da meninice, é-nos apresentada aos 21 anos ao mesmo tempo que nos é apresentado Mr. Knightly, o adorável Jeremy Northam, um velho amigo da casa e que viu Emma a crescer, algo céptico quanto à sua transformação em mulher.

A partir daqui deliciamo-nos com as paisagens, os diálogos, os sotaques, os costumes, o cavalheirismo, os passeios, os jogos, os encontros e desencontros proporcionados por uma bem-intencionada mas ingénua Emma, os amores e desamores arquitectados por um destino brincalhão, enfim, um mar pequenas pérolas, aquilo a que eu chamo labour of love.

Uma obra-prima. Para mim.

® Sara Vaz Franco