terça-feira, janeiro 24, 2006

O Tesouro

Título Original:
"National Treasure" (2004)

Realização:
Jon Turteltaub

Argumento:
Jim Kouf, Oren Aviv, Charles Segars, Cormac Wibberley & Marianne Wibberley

Actores:
Nicolas Cage - Ben Gates
Diane Kruger - Abigail Chase
Justin Bartha - Riley Poole
Sean Bean - Ian Howe

Um apaixonado por um tesouro que se pensava inexistente está disposto a quebrar todas as regras para desvendar os seus segredos

Sociedades secretas reveladas. Uma senda na busca da verdade que reside no que é considerado o maior tesouro da humanidade. Um aventureiro que é a terceira geração de uma família de caçadores de tesouros, pronto para quebrar as regras e para partir para o romance. Nicolas Cage é Benjamin Franklin Gates e toda a sua vida procurou um tesouro que ninguém acreditava existir. Uma preciosidade que segundo rezava a lenda tinha sido formada ao longo dos tempos, transportada por continentes e que se tornou no maior que o mundo já conheceu.

A história americana é tema central neste filme de mapas, códigos, viagens e uma espécie de mitologia americana que por vezes se assemelha a um espectacular reality show. Aliás, existem vários ingredientes de sucesso, muitos dos quais são também semelhantes à trilogia do Indiana Jones ou ao livro bestseller, O Código da Vinci. A maior distinção relativamente ao livro está no exacerbado patriotismo americano, mas os códigos, o mistério e os segredos estão lá. Um dos pontos mais negativos é o a constante referência à grandeza norte-americana, na grandeza dos seus antepassados. Uma característica dos blockbusters americanos, que não foge aqui à regra. Curioso como na Europa não existe este espírto tão exacerbado da grandeza dos "nossos avós" e, por exemplo, nós portugueses tinhamos muito para nos sentirmos orgulhosos. Se calhar é também porque sabemos que as conquistas do passada foram feitas à custa de alguma hipocrisia e de crimes contra a humanidade - uma cultura menos intrinseca no orgulho recente norte-americano.

O segredo que Benjamim procura foi escondido pelos pais fundadores dos Estados Unidos, e as pistas também aparecem ligadas à história americana: do berço da nação, ao Capitólio e aos símbolos das notas do dólar. São tantos os elementos patrióticos que o código fundamental para se achar o tesouro é um mapa que se esconde no verso da Declaração da Independência. Gates entra assim, numa corrida desenfrada contra o tempo, tendo de aguentar um clima de espionagem, interesses e traições. A busca por algo "superior" e com interesse histórico e arqueológica, como se de detectives se tratasse, é um dos pontos semelhantes com a saga de Indiana Jones. A ajudar Gates estará a bela alemã que já podemos ver em Tróia, Diane Kruger, de olhos verdes profundos, e ainda o pai de Angelina Jolie, Jon Voight.

Cria-se ainda uma espécie de possível sacrilégio para os norte-americanos, quando Benjamin Franklin Gates se vê obrigado a roubar o documento mais estimado pelo povo americano, a Declaração de Independência, tudo porque o segredo do mapa é revelado. A partir daí passa a ter de escapar também ao FBI, que anda no seu encalço e a tentar decifrar um mistério com dois mil anos que está por detrás do maior tesouro dos Estados Unidos.

Um filme com alguns elementos intensos e que entretém, mas que deixa a muito a desejar.

® João Tomé

2 Comments:

At 6:55 da tarde, Blogger Carlos M. Reis said...

O filme entretem q.b mas não traz nada de novo ao género. Não chateia nem ilude.

Cumprimentos.

 
At 7:42 da tarde, Anonymous Anónimo said...

subscrevo o knoxville, sem tirar nem pôr...

 

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