Realizador da Semana: Joel Coen
Embora se diga que os dois manos Coen se acarretam em conjunto das três principais funções atrás das câmaras, é Joel o creditado como realizador, enquanto Ethan o produtor, sendo argumentistas os dois.
Joel, sempre acompanhado pelo irmão, há já mais de vinte anos que se assume como um virtuoso anti-convencional artesão da sua sagrada sétima arte, onde dá prodigiosas cartas com tanto de saudavelmente perverso como de admiravelmente criativo. No fundo, é alguém que ama o cinema e a sua História, homenageando esta constantemente ao mesmo tempo que define os seus padrões de originalidade.
Nascido a 29 de Novembro de 1954 em Minneapolis, no estado de Minnesota, o americano judeu, quando era miúdo comprou uma câmara Super 8 com dinheiro poupado de cortar relva. Era com esta que, juntamente com o irmão e um vizinho igualmente muito novo, refazia filmes que via na televisão. Já com mais idade, estudou cinema quatro anos na Universidade de Nova Iorque, onde realizou uma insólita média-metragem de nome Soundings, servindo de filme tese. Depois de se formar, trabalhou como assistente de produção em vários filmes industriais e vídeos musicais. Tendo desenvolvido um talento para a montagem, acabou por trabalhar nesta, como assistente, no filme de Sam Raimi, Evil Dead.
Três anos depois era ele o realizador, impressionando muitos com Sangue por Sangue, um misterioso e intrigante filme neo noir que introduziu Frances McDormand, sua esposa na vida real. Outros filmes “Coenescos” são: Arizona Júnior, uma hiper-cinética comédia com uma boa dose de maluquice; História de Gangsters, elegíaco drama de gangsters e suas intrigas turbulentas; Barton Fink, uma “pancada” de virtuosismo vencedora da Palma de Ouro onde impera um surrealismo tétrico; O Grande Salto, um exercício de cinema delirante e tão visionário que até tinha potencial para ainda mais; Fargo, o mais famoso e aclamado, é uma magnífica dramédia negra vencedora de dezenas de prémios; O Grande Lebowski, uma insensatez deliciosamente prodigiosa, um preeminente hino à boémia inócua, uma salgalhada genial a abarrotar de intelligentsia; Irmão, Onde Estás?, uma desvairada adaptação dA Odisseia de Homero durante a Grande Depressão; O Barbeiro, um drama noir formalmente irrepreensível que deu a Joel o terceiro prémio de Melhor Realizador em Cannes; Crueldade Intolerável, uma dinâmica comédia screwball com humor eficaz e sofisticado.
A comédia negra O Quinteto da Morte, apesar de alguns rasgos de vitalidade “Coenesca”, não apresentou os Coen na sua melhor forma. Esperemos que com Hail Caesar isso seja resolvido. A pré-produção já começou…
® Artur Almeida
Joel, sempre acompanhado pelo irmão, há já mais de vinte anos que se assume como um virtuoso anti-convencional artesão da sua sagrada sétima arte, onde dá prodigiosas cartas com tanto de saudavelmente perverso como de admiravelmente criativo. No fundo, é alguém que ama o cinema e a sua História, homenageando esta constantemente ao mesmo tempo que define os seus padrões de originalidade.
Nascido a 29 de Novembro de 1954 em Minneapolis, no estado de Minnesota, o americano judeu, quando era miúdo comprou uma câmara Super 8 com dinheiro poupado de cortar relva. Era com esta que, juntamente com o irmão e um vizinho igualmente muito novo, refazia filmes que via na televisão. Já com mais idade, estudou cinema quatro anos na Universidade de Nova Iorque, onde realizou uma insólita média-metragem de nome Soundings, servindo de filme tese. Depois de se formar, trabalhou como assistente de produção em vários filmes industriais e vídeos musicais. Tendo desenvolvido um talento para a montagem, acabou por trabalhar nesta, como assistente, no filme de Sam Raimi, Evil Dead.
Três anos depois era ele o realizador, impressionando muitos com Sangue por Sangue, um misterioso e intrigante filme neo noir que introduziu Frances McDormand, sua esposa na vida real. Outros filmes “Coenescos” são: Arizona Júnior, uma hiper-cinética comédia com uma boa dose de maluquice; História de Gangsters, elegíaco drama de gangsters e suas intrigas turbulentas; Barton Fink, uma “pancada” de virtuosismo vencedora da Palma de Ouro onde impera um surrealismo tétrico; O Grande Salto, um exercício de cinema delirante e tão visionário que até tinha potencial para ainda mais; Fargo, o mais famoso e aclamado, é uma magnífica dramédia negra vencedora de dezenas de prémios; O Grande Lebowski, uma insensatez deliciosamente prodigiosa, um preeminente hino à boémia inócua, uma salgalhada genial a abarrotar de intelligentsia; Irmão, Onde Estás?, uma desvairada adaptação dA Odisseia de Homero durante a Grande Depressão; O Barbeiro, um drama noir formalmente irrepreensível que deu a Joel o terceiro prémio de Melhor Realizador em Cannes; Crueldade Intolerável, uma dinâmica comédia screwball com humor eficaz e sofisticado.
A comédia negra O Quinteto da Morte, apesar de alguns rasgos de vitalidade “Coenesca”, não apresentou os Coen na sua melhor forma. Esperemos que com Hail Caesar isso seja resolvido. A pré-produção já começou…
® Artur Almeida
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