sábado, agosto 27, 2005

O Carteiro de Pablo Neruda

Título Original:
"Il Postino" (1994)

Realização:
Michael Radford

Argumento:
Antonio Skármeta, Anna Pavignano, Michael Radford, Furio Scarpelli, Giacomo Scarpelli e Massimo Troisi

Actores:
Massimo Troisi - Mario Ruoppolo
Philippe Noiret - Pablo Neruda
Maria Grazia Cucinotta - Beatrice Russo



O Carteiro de Pablo Neruda é uma daquelas pérolas do cinema que nos fazem sorrir e que nos emocionam. Num tom lírico este filme mostra-nos a amizade que se criou entre o poeta chileno e o seu carteiro e o enamoramento deste ultimo pela bela Beatrice Russo.

Por razões políticas o poeta Pablo Neruda é obrigado a procurar exílio numa ilha em Itália. Neruda é amado pelo povo pelas suas crenças comunistas e pelas mulheres pelos seus poemas de amor. Mario é filho de um pescador e está desempregado. Ele tem muitas dificuldades a ler e escrever, mas mesmo assim consegue ser contratado como carteiro, tendo como privilégio ser o encarregado da correspondência do poeta.

Este é o retracto delicioso e inesquecível da busca de amor, felicidade de um homem. Recheado de momentos hilariantes, proporcionados principalmente por Massimo Troisi, que tem um papel encantador e muito rico. O filme é ainda uma ode à poesia, às metáforas, ao amor.

O actor e argumentista Massimo Troisi morreu de ataque cardíaco apenas 12 horas após a conclusão das filmagens deste filme. Apesar de saber que era doente cardíaco e que necessitava de tratamento e descanso, persistiu na sua ideia de terminar esta personagem. Está então de parabéns pois deixa um enorme carinho, pela sua simples mas grandiosa personagem cativante.

É sempre muito complicado conseguir transpor para um filme toda a essência de um livro e é o caso deste filme, apesar da história ser muito cativante há momentos que se perdem pela falta de mais pormenores que estão presentes no livro. Devo assim confessar que é preferível o livro ao filme, mas este ultimo não deixa por isso de merecer o seu mérito, pois é um filme terno e romântico, mas talvez não aconselhável para quem venere as histórias românticas hollywoodescas.

Este filme foi vencedor do Óscar de melhor Banda Sonora e ainda foi nomeado para Melhor filme, Melhor Realizador, Melhor Actor – Massimo Troisi – e melhor Roteiro Adaptado.

® Inês Montenegro

10 Comments:

At 5:43 da tarde, Anonymous Anónimo said...

É um grande filme de facto. Dava-lhe a mesma pontuação que tu.

Cumps. cinéfilos

 
At 1:06 da tarde, Blogger MANUEL BANCALEIRO said...

O Carteiro de Pablo Neruda é um filme de conteudo e de causas. Para mim é um dos maiores classicos da 7ª. Arte. A causa a que Pablo Neruda dedicou toda a sua vida é a causa que continua hoje , tão actual como ontem: A LIBERTAÇÃO DO HOMEM DA SUA SUBJUGAÇÃO PELO PRÓPRIO HOMEM.

 
At 9:45 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Eu tenho o filme, sim é um grande filme, o livro retrata mais em pormenor o que acontece no filme.

 
At 1:53 da tarde, Blogger Unknown said...

Este filme é de facto uma ode ao amor, é sem dúvida uma grande obra.

 
At 5:37 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Alunos de Literatura. Escola Secundaria Fernao Mendes Pinto.
Depois de vermos o filme e termos tido a curiosidade de saber a data da sua edição, deparámo-nos com este blog e nao resistimos a deixar os nossos pensamentos aqui. Excelente, cativante e emocionante até a ultima cena.
Almada, 6 de Novembro de 2008.

 
At 12:50 da tarde, Blogger Fabrizio said...

O Instituto Italiano de Cultura de Lisboa recorda o actor e realizador italiano Massimo Troisi, dedicando-lhe toda uma semana a partir de 20 de Fevereiro. A data da inauguração do evento não foi escolhida por acaso, havendo o propósito da própria data ser uma homenagem a Troisi, nascido a 19 de Fevereiro e morto prematuramente em 1994 aos 41 anos de idade.

Em 20 de Fevereiro, ás 19 horas, será apresentado o livro Da domani mi alzo tardi da escritora Anna Pavignano, que conheceu o actor em 1977, quando estava no início da sua carreira, e que colaborou na encenação da maior parte dos seus filmes. Será a própria escritora a interpretar um monólogo baseado no seu livro ao mesmo tempo que passarão em fundo as fotografias inéditas de Troisi: períodos de vida, uma amizade inesquecível, um passado que não se esvanece.

A espaços Anna Pavignano suspenderá a sua voz para deixar ouvir a de Troisi através de entrevistas gravadas. O monólogo será acompanhado pela música de Alfredo Morabito à guitarra, dando uma banda sonora ao conto de uma mulher, que lembra o actor, deixando também espaço à sua fantasia: no seu conto Massimo não morreu, apenas se foi embora depois ter perdido a memória à procura do seu passado.

Nos dias seguintes, Terça, 24, Quinta, 26 e Sexta, 27, serão projectados alguns dos filmes de Troisi, iniciando com La smorfia (dia 24 às 21 horas), continuando com Ricomincio da tre e Non ci resta che piangere (dia 26 às 19 horas e às 21 horas) e concluindo com O carteiro - Il Postino (dia 27 às 21 horas).

 
At 11:23 da tarde, Blogger Unknown said...

Uma delicia de filme, quase tão bom como o livro.
Uma ode ao amor, ´sensibilidade á humildade e á inteligencia. Simplesmente mágnifico

 
At 10:57 da tarde, Anonymous Anónimo said...

este blog é uma grande merda! acabem com isto!

 
At 4:30 da tarde, Anonymous António said...

O carteiro maroto seduzia a bela dama com metáforas.Aquela tia colérica armada de caçadeira para defender a integridade da mulher.É um filme belo com uma mensagem indisfarçável: a tomada de consciência social e a militância que culmina com a morte do protagonista durante a manifestação onde recitara um poema

 
At 6:31 da tarde, Blogger Hugo said...

Alguém me pode dizer o rigor histórico do filme? plz

 

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