sábado, novembro 05, 2005

Young Adam

Título Original:
"Young Adam" (2003)

Realização:
David Mackenzie

Argumento:
David Mackenzie

Actores:
Ewan McGregor - Joe Taylor
Tilda Swinton - Ella Gault
Peter Mullan - Leslie Gault
Emily Mortimer - Cathie Dimly


Um corpo duma jovem praticamente aparece a boiar na água e quem a encontra é Joe, um escocês que deriva pela vida, até encontrar trabalho numa barca que faz carregamentos entre Glasgow e Edimburgo. Esta barca pertence a Ella que está casada com Leslie. Entre Joe e Leslie cria-se uma cumplicidade de quem trabalha sempre junto. Passam o dia todo juntos e à noite partilham cervejas pelos bares.

Aos poucos Joe apercebe-se que o casamento daqueles que os acolheram não está no seu melhor. É então que Joe começa a esquivar-se aos serões nocturnos de Leslie para poder ficar mais próximo de Ella. Começa assim uma forte atracção entre Joe e Ella, e entre eles nasce uma necessidade obsessiva de satisfação sexual (mesmo com o filho e marido de Ella por perto), até ao dia que Leslie descobre tudo e decide partir. Porém, o fruto proibido é o mais apetecido e a partir do momento que Leslie deixa o caminho aberto para Joe, este parece desinteressar-se de Ella. Joe vive de relações furtivas e Ella apercebe-se da situação e afasta-se, procurando novamente o seu marido.
Mas para Joe, é outra mulher que lhe ocupa o pensamento. A mulher que encontrou morta. Mulher essa que, ao contrário do que ele tentava demonstrar, não era uma desconhecida para si, mas antes uma antiga namorada.

Através de flashbacks (que por vezes se confundem com o fio condutor normal da história) vamo-nos apercebendo, cada vez mais, da sua ligação às estranhas condições da morte da jovem.
A investigação policial avança e aponta o dedo a um inocente. e Joe, mesmo sabendo o que realmente se passou na noite da morte da jovem, mantém-se impávido e discreto.

Este não é um filme que prime pelo argumento, ou pelo desempenho extraordinário de um ou outro actor. É um filme simples mas com uma carga erótica e com uma narrativa interessante, no sentido de não se tratar duma história que siga a sua trajectória normal – início, desenvolvimento e final. Mas há um ponto extremamente importante e provavelmente de 8 estrelas, e é nada mais do que a fotografia. Giles Nuttgens está de parabéns pelo seu trabalho.

® Inês Montenegro