sábado, setembro 01, 2007

Metropolis (Metoroporisu)

Título Original:
"Metoroporisu" (2001)

Realização:
Rintaro Katsushiro

Argumento:
Katsuhiro Ôtomo a partir da obra de Ozamu Tesuka

Vozes:
Yuma Imoto - Tima
Kei Kobayashi - Kenichi
Kouki Okada - Rock
Jamieson Price - Duke Red

“Cada época sonha com a seguinte” – Jules Michelet – assim começa a animação de Osamu Tezuka. O anúncio dos feitos da humanidade, desencadeia vários festejos e animações pela cidade - Metropolis. Pessoas e robôs convivem, uns servem os outros, os humanos chamam insolentes aos robôs.

No meio da festa um sinal surge sem ninguém esperar, Marduk – o sinal de Marduk, cabeças voltam-se e ficam a olhar, enquanto isso alguém tenta fugir pelos telhados, cai no meio do público é um robô.

Pelo meio poderes económicos tentam dominar e controlar determinadas situações, que de uma forma ou outra vão dar aos robots.

Lentamente começamos a nos aperceber que os humanos utilizam os robôs em seu benefício – “em breve os seres humanos serão desnecessários” – mas lentamente também nos apercebemos que tentam sobrepor as máquinas aos homens. Será com a conclusão da Ziggurat, irão lidar uma indústria e uma cultura.

Cada robô tem a sua actividade ao qual fica restringido e a qual não pode ultrapassar; pessoas vestidas como fascistas fazem parte do partido Marduk; existem diversas áreas e zonas umas com policiamento, outras não, nestas o perigo espreita a cada momento, tudo isto é descoberto e visto numa visita em que um robô vai mostrar e explicar todo o vasto “complexo”.

Enquanto isso, maquinaria orgânica, fácil de montar mas que dura pouco – diz ser ilegal, assim utilizou partes mecânicas - diz o criador – Tima Humanóide – surge. Rock “filho” do grande e poderoso senhor descobre, irá tentar destruir o criador Laughton e o seu laboratório, pois não quer que máquinas liderem e tenham poder, deste confronto um incêndio surge, no meio disto Tima ganha vida e abre os olhos para a vida.

O incêndio continua a alastrar os robôs tentam fugir pois para eles o fogo é algo fatal; começam a surgir pequenas desordens entre humanos e robôs quando estes últimos tentam dar alguma ordem às quais os humanos não respondem nem aceitam.

Com este incêndio surge Tima, e surge um outro robô algo estranho em aspecto o qual irá ajudar uma criança humana - Kenichi - a respirar, e o qual os ajudara a sobreviver. É deste modo que Tima surge para a vida e é com este início num local de acesso proibido que começa uma amizade entre Tima, kenichi e um robot. Noutro local lançam um raio para afectar os robots à superfície (não afecta os humanos), assim começam por fazer a destruição em massa dos robots.

No meio de tudo isto, Tima e Kenichi são procurados por Rock com ideias de acabar com eles, é deste modo que fogem e procuram onde se esconder, enquanto isso Tima continua a aprender.

No meio de tudo isto as pessoas começam a revoltar-se contra os robôs, a Lei Marcial entra em vigor. O tio finalmente encontra Kenichi na mesma altura Rock encontra-os e na mesma altura o pai de Rock também os encontra, é aqui que se dá a separação de pessoas, não de ideias nem de sentimentos.

É no meio destes problemas e situações todas que Tima irá descobrir quem é na realidade, um ser humano artificial meio máquina, meio humano, com capacidade de emoções como os humanos, mas também com capacidades superiores à dos humanos - vindas da máquina.

Será deste modo que Tima irá subir ao trono – perdendo as emoções e sentimentos, será assim que por momentos os humanos irão ter o medo pela frente, as máquinas a sobreporem-se aos humanos, será também aqui que Kenichi irá tentar reverter a situação. Conseguirá?

Uma animação criada e realizada de um modo excelente que nos mostra até onde pode ir o exacerbado poder e egoísmo, se nos deixar-mos levar por ele, até onde pode ir o ser humano, capaz de se auto destruir a ele próprio com intenções menos reais, menos humanas, menos sentimentais. Uma banda sonora excelente acompanha todo o filme de animação.

Deixa-nos interrogações no ar, será isto que queremos para nós e para o futuro? “O futuro dos robôs e dos humanos…”

® Ângela Mateus