terça-feira, outubro 18, 2005

O Amor é Eterno

Título Original:
"Beyond the Sea" (2004)

Realização:
Kevin Spacey

Argumento:
Kevin Spacey & Lewis Colick

Actores:
Kevin Spacey - Bobby Darin
Kate Bosworth - Sandra Dee
John Goodman - Steve Blauner
Bob Hoskins - Charlie Maffia


Com um microfone numa mão e um megafone na outra Kevin Spacey protagoniza, canta, realiza e escreve mais um biópico – histórias biográficas no cinema – que convence e comove. O cinema tem sido rico, nos últimos tempos, neste tipo de filmes. Em O Amor é Eterno estamos perante uma história agradável e bem escrita onde poderemos acompanhar a carreira de um artista norte-americano que o tempo parecia já ter apagado da memória.

Desde o momento em que começa a subir nos tops, nos anos 50, com um pop/rock descontraído (personificado na música Splip Splash) que o tornou num ídolo da juventude, passando pelo auge da sua carreira no anos 60, onde apresenta um estilo mais clássico e pomposo, até à sua época hippie nos anos 70. Existe variedade neste camaleão musical que permite a Spacey ter um desempenho virtuoso, misturando o drama da vida real com as cenas repletas de estilo, energia, classe e música. A beleza e vivacidade da imagem a meio do século passado são retratadas pelo director de fotografia português, Eduardo Serra.

O talentoso Bobby Darin adorava actuar no palco, fosse a cantar ou representar. Com um coração fragilizado desde tenra idade pela febre reumática, Darin viajou pela vida numa corrida contra o tempo – acabou por morrer aos 37 anos. A sua inspiração e talento estão presentes na música variada que foi cantando enquanto pôde. Escreveu canções originais e foi comparado com Frank Sinatra.
Nos anos 60 iniciou uma carreira no cinema e seduziu a jovem estrela Sandra Dee (Kate Bosworth), com quem se casou. Os problemas surgem quando a ambição desmedida de Bobby Darin e a sua falta de saúde isolam e prejudicam a sua vida pessoal.

Kevin Spacey volta a provar os seus talentos, depois de Beleza Americana, aproveitando alguma dessa ironia, arrogância e humor acutilante para encarnar a personagem de Darin. É uma história de coragem, desafios, talentos, uma pitada de ironia e repleta de significado – com uma banda sonora apetecível.

® João Tomé

1 Comments:

At 1:50 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Eu gostei :). E curiosamente, depois de rever o filme ainda gostei mais!

Cumps.

 

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