Terror nas Montanhas
Título Original: "The Hills Have Eyes" (2006) Realização: Alexandre Aja Argumento: Alexandre Aja, Grégory Levasseur & Wes Craven Actores: Aaron Stanford - Doug Kathleen Quinlan - Ethel Vinessa Shaw - Lynn |
Uma família em férias vai parar a uma zona deserta, que anos antes tinha sido local de experiências atómicas por parte do governo dos EUA. Afastados da civilização, os Carters procuram ajuda mas cedo se apercebem que não estão sozinhos e que algo estranho se esconde e os observa das montanhas...
Os remakes de filmes de terror sempre tiveram o grave problema de não conseguirem superiorizar-se ás suas versões originais. Talvez por falta de ambição, talvez por medo de correr riscos, ou talvez só mesmo por preguiça em contratar actores credíveis. Mas tendo em conta o The Hills Have Eyes original de Wes Craven (1977), este novo filme do francês Alexandre Aja é, dentro do seu género, dos melhores remakes dos últimos anos.
Logo nos créditos iniciais notamos algo de diferente, inovador e assustador. Durante apenas uns milésimos de segundo e alternando com os créditos propriamente ditos, surgem no ecrã caras de mutantes, obviamente afectados pelas radiações das experiências atómicas. E isto acompanhado de uma contrastante música country, que parece querer provocar e espicaçar o espectador para o que o espera na próxima hora e meia. Acreditem que resultou!
Tendo sido totalmente filmado nos desertos de Marrocos, é natural que o filme apresente uma tonalidade acastanhada, que foi aproveitada pelo Director de Fotografia Maxime Alexandre para tornar o filme ainda mais duro e vísceral do que a versão de 1977. Assim, a partir dos 40 minutos, esperem cenas de vos deixar agarrados á cadeira, com pouquíssimas pausas para respirar. E mesmo durante estas pausas, sente-se uma tensão constante. Assim, muito gore e violência estão garantidos e como tal, se têm estômago fraco, esqueçam este Terror Nas Montanhas.
Os responsáveis pelos efeitos especiais e pela maquilhagem merecem enormes louvores pelo seu excelente trabalho. De facto, os mutantes aparentam ser realmente deformados e assustadoramente reais, o que adicionado á já referida violência e aos diálogos irónicos transformam estas personagens nuns autênticos psicopatas canibais! Os restantes actores, relativamente conhecidos, comportam-se como uma família normal - com tudo o que de bom e de mau isso acarreta - mas mudam de atitute quando começam a ser atacados, o que é credível e reflecte-se no bom desenvolvimento das personagens.
The Hills Have Eyes apenas peca por ser demasiado previsível no seu final e por apresentar uma ou duas sequências demasiado rebuscadas e ficcionadas. No entanto, foi uma excelente surpresa para quem estava á espera de um remake medíocre. O resultado final é positivo e, contendo referências a outros filmes (Kill Bill e um caixão, diz-vos alguma coisa?), consegue claramente superar a versão original de Wes Craven.
® Mário Lopes
1 Comments:
nao percebo onde e que esta a comparação com o kill bill no the hills have eyes. grande filme
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