A Juventude de Jane
Título Original: "Becoming Jane" (2007) Realização: Julian Jarrold Argumento: Kevin Hood & Sara Williams Actores: Anne Hathaway - Jane Austen James McAvoy - Tom Lefroy Julie Walters - Sra. Austen James Cromwell - Reverendo Austen Maggie Smith - Lady Gresham |
Ah, então antes de ser uma escritora publicada, a própria Jane Austen viveu um drama amoroso em tudo semelhante à história do seu romance Orgulho e Preconceito, ao ponto de este livro parecer autobiográfico? Muito bem, ficámos a saber isso. Mais alguma coisa? Não, apenas isso.
A Juventude de Jane é um drama de época, versando sobre a chegada à idade adulta de Jane Austen, escritora celebrada e inúmeras vezes adaptada ao cinema e à televisão (o já referido Orgulho e Preconceito, Senso e Sensibilidade, Mansfield Park e Emma), mas é também um guião muito ficcionado.
Relativamente ao homem que funciona como epicentro da narrativa amorosa, Tom, Lefroy, existem apenas duas cartas à irmã que o mencionam, e o resto é liberdade artística, e aparentemente muito má, já que praticamente se limitaram a copiar Orgulho e Preconceito e substituir os nomes dos protagonistas. De resto, apenas ficamos a saber o básico, que era filha de um reverendo anglicano na miséria e que tinha um irmão e uma irmã (na realidade, teve cinco irmãos, mas talvez não houvesse dinheiro para mais actores), que a mãe sonhava em casá-la com um homem rico e que teve uma paixão intensa mas que terminou tristemente.
Também este ano a BBC (que faz parte da co-produção de A Juventude de Jane) decidiu fazer um telefilme, Miss Austen Regrets, apresentando uma Jane Austen nos seus últimos dias (faleceu aos 41 anos sem nunca ter casado), a recordar o seu passado, livros e amores.
Quanto a A Juventude de Jane, não traz nada de novo. Desprovido de uma força narrativa relevante, discreto na cinematografia e um argumento que se limita a vampirizar o nome da autora e os seus trabalhos, é pouco envolvente e nem os seus actores arrancam o filme do marasmo. Anne Hathaway está igual a todos os seus papeis (o envelhecimento final através de maquilhagem é vergonhoso) e James McAvoy fez caretas quando deveria estar a sofrer e mais caretas quando deveria estar feliz.
James Cromwell, Julie Walters e Maggie Smith justificam o seu salário, mas com comedimento. Os únicos dramas de época que Julian Jarrold realizou foram para a televisão, e essa limitação nota-se.
® Ricardo Lopes Moura
1 Comments:
Eu vi,o filme e gostei muito,pq nao imaginar um pouco?porque nao fazer de jane austen uma protagonista na sua propria vida!Eu achei interessante e realmente a "cara" de jane!:)
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