Ruptura
Título Original: "Fracture" (2007) Realização: Gregory Hoblit Argumento: Daniel Pyne & Glenn Gers Actores: Anthony Hopkins - Theodore 'Ted' Crawford Ryan Gosling - William 'Willy' Beachum David Strathairn - Joe Lobruto Rosamund Pike - Nikki Gardner |
Em mais um filme sobre o mundo dos advogados e tribunais norte-americanos, dois actores simbólicos, cada qual da sua geração, estão em confronto directo. Hopkins é Theodore Crawford, um engenheiro aeronáutico que descobre que a esposa o trai com um homem mais novo. Um dia quando ela regressa a casa é morta pelo marido, que arquitectou um plano para eliminar provas do crime e baralhar os investigadores. Na audiência, Crawford recusa o advogado a que tem direito e responsabiliza-se pela sua própria defesa. Na acusação está o advogado do ministério público, William Beachum (Gosling), com a carreira em ascensão e bem reputado pelos 97% dos casos de acusação em que ganhou a causa. Inteligente, Crawford vê nele a pessoa certa com quem “jogar”.
Em filmes deste tipo quando a história não é grande coisa aposta-se na escolha dos actores para salvar o filme de um “naufrágio” certo. Provavelmente foi isto que Gregory Hoblit tentou fazer. Perdeu no argumento enfadonho que é a única explicação possível para o "razoável" - e não "muito bom" desempenho - que se esperava da dupla de protagonistas. Hopkins não consegue livrar-se da pele de Hannibal Lecter. O mesmo olhar de frieza e loucura, a mesma inteligência “ao serviço” do crime. Só faltou cozinhar e comer alguém. Ryan Gosling tem um desempenho pouco à vontade, ou seja, ainda tem muito que aprender nesta andança que é a arte de representar em cinema, ainda que conte com uma nomeação para o Óscar de melhor actor no seu currículo. Espero vê-lo em mais filmes.
Até custa a crer que Gregory Hoblit se estreou no cinema há quase doze anos atrás com o incrível filme “A Raiz do Medo” que deu a conhecer ao mundo, como tema do filme, a “Canção do Mar” de Dulce Pontes e o talento de Edward Norton - que infelizmente agora aceita papéis como o verdíssimo Hulk. Enfim...nem tudo é um mar de rosas.
® Isabel Fernandes
1 Comments:
eu particularmente adorei o filme, talvez nao tanto o final. mas gostei muito das jogadas, muito inteligentes do anthony hopkins, bem como a atuação sensacional dele e do ryan!
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