domingo, julho 02, 2006

Realizador da Semana: Alfred Hitchcock

Ele foi um dos maiores génios do cinema. Foi o mestre do suspense, do romance e do macabro. Ele foi o notável Alfred Hitchcock”. São sinceras palavras como estas de James Stewart, um dos seus máximos actores-fetiche, que nos dão uma certeira ideia do que foi Sir Alfred Hitchcock: um Deus da Sétima Arte.

Nascido a 13 de Agosto de 1899 em Londres (tendo chegado mesmo a naturalizar-se americano umas boas décadas depois), Alfred Joseph Hitchcock cresceu no seio de uma muito devota família católica, tendo recebido uma rígida educação de acordo com a crença dos pais, o que o levou a estudar em várias escolas católicas, era ele ainda muito novo. Quando o seu pai, que era comerciante, faleceu, tinha Hitchcock 14 anos, este deixou a escola jesuíta onde andava e foi estudar para uma de engenharia e de náutica. Depois de se ter formado, aceitou um trabalho de escritório numa companhia telegráfica, sendo que, paralelamente, começou a ter aulas nocturnas de história da arte, pintura e desenho. Este complemento artístico na sua formação permitiu-lhe transferir-se para o departamento de publicidade da companhia, assumindo as funções de designer gráfico.

Pouco tempo passou e, sabendo que um estúdio de cinema estava a se instalar em Londres, conseguiu assegurar trabalho lá, destacando-se como designer de créditos iniciais e finais, além das necessárias legendas, visto o cinema ainda ser exclusivamente mudo. Então a certa altura, Hitchcock foi indicado para dirigir o final de um filme produzido pelo estúdio cujo realizador oficial estava doente. Impressionados pela sua competência, os chefes do estúdio promoveram-no a realizador. Era assim que começava a sua muito interessante, influente e influenciada (especialmente pelo expressionismo alemão) fase britânica sentado na cadeira principal do espectáculo, tendo realizado o primeiro filme sonoro britânico, Chantagem, e obras de um enorme mérito e prestígio de que são exemplo Os 39 Degraus e Desaparecida!.

Com a intenção de expandir os seus horizontes, foi levado para os Estados Unidos pela mão do célebre produtor David O. Selznick, onde realizou algumas das principais obras-primas da Sétima Arte tais como: A Janela Indiscreta, uma incrível aventura doméstica demonstradora do voyeur que está dentro de todos nós e onde a tensão apresenta-se como o prato do dia, tendo sido nomeada para o Óscar de Melhor Realização; Vertigo, uma história assombrosa sobre a obsessão de um emocionalmente vulnerável homem por uma misteriosa mulher que o envolve numa espiral paranóica; Psico, a sua obra mais famosa e um dos expoentes máximos do terror/suspense, onde a manifestação da loucura psicopática é tratada com a maior das mestrias, neste caso, nomeada ao Óscar de Melhor Realização; Os Pássaros, um exercício cinematográfico tão intenso quanto inconvencional, complexo e fascinante, onde as putativas criaturas voadoras dão asas à malícia de uma natureza incontrolavelmente fatal.

Hitchcock é detentor de uma incomensurável fama equilibrada com um talento fora-de-série. Quando é assim, o reconhecimento ganha proporções adequadas e não interessa para nada o Óscar que nunca ganhou. Viva o Mestre!

® Artur Almeida

1 Comments:

At 4:51 da tarde, Blogger Álvaro Martins said...

Concordo com a afirmação. Foi sem dúvida um dos maiores génios da sétima arte e o mestre do suspense. Estaríamos aqui horas a escrever para enumerar todos os seus filmes e descrever toda a sua carreira.Ele deixou a sua marca para sempre na história do cinema.

 

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