sexta-feira, dezembro 30, 2005

Doom - Sobrevivência

Título Original:
"Doom" (2005)

Realização:
Andrzej Bartkowiak

Argumento:
Dave Callaham & Wesley Strick

Actores:
The Rock - Sarge
Karl Urban - John Grimm
Rosamund Pike - Destroyer


Após o período de Natal e prestes a entrar num novo ano, cheio de potencialidades espero, decidi encerrar a participação no ano 2005 comentando uma das grandes desilusões do ano em termos cinematográficos - Doom.

Como já tinha ocorrido com outras adaptações ao cinema de jogos de computador, Doom (um pouco à semelhança de Alien Vs. Predator dado serem jogos do mesmo género com premissa, em certos pontos, muito semelhante) prometia muito. Como fã de videojogos e muito particularmente da saga Doom, as espectativas estavam relativamente elevadas. Nunca poderia esperar que isto chegasse ao nível de um Aliens por exemplo mas, mesmo com metade, ¾ da qualidade estaria perante um filme muito aceitável. Bom, no fim do filme algo semelhante ao que tinha ocorrido com AVP tinha acontecedo, estava desiludido e com a sensação de que mais uma vez uma boa ideia baseada num jogo tinha sido mal aproveitada!

Doom relata a história de uma equipa de forças especiais que é chamada a intervir num centro de investigações dos mais variados dados recolhidos de Marte, planeta onde fica localizado este centro. Supostamente algo correu mal e vários cientistas foram assassinados cabendo agora à equipa liderada por Sarge (The Rock) investigar e conter a situação.

A premissa é básica, ninguém conta com grandes surpresas, mas numa obra deste género, dirigida a eventuais fãs dos jogos e aos amantes de um bom espectáculo de acção, o mínimo que se espera é algo bem feito. Na tentativa de não se limitarem a trilhar caminhos seguros e inventar algo mais muitos filmes estragam-se pois ficam num meio termo desconexado, sem identidade... no fundo, em linguagem mais popular, ficamos perante algo que nem é carne, nem é peixe! É exactamente isto que acontece com Doom. O guião tenta trazer algo mais à história mas acaba por falhar redondamente... a realização tenta inventar alguma coisa com uma sequência inteiramente rodada em 1ª pessoa (lembrando o jogo em que se baseia) mas introduz tal demasiado tarde e em vez de termos um artifício que poderia tornar-se uma característica do filme, uma marca de identidade, somos presenteados com uma cena que, embora bem feita, não acrescenta nada, não se insere devidamente na obra e denuncia claramente a sua razão de existir, algo espectacular, um género de apoteose que tenta compensar hora e meia de, desculpando o termo, treta! Os actores desempenham bem o seu papel, autómatos com as típicas frases-chave (clichés se preferirem) que normalmente encontrámos em filmes do género sem grande qualidade que os faça destacar.

Conclui-se assim que Doom é um daqueles filmes que, para quem conhecesse os videojogos, possuía tudo para funcionar. Se tivesse simplesmente assumido aquilo que era suposto ser, um filme básico, com uma história básica que devia ser bem realizado, Doom podia ser um bom filme de acção... mais um no meio de tantos mas com a qualidade mínima exigível. Da forma como está apresentado este filme é igualmente mais uma obra no meio de tantas mas na categoria das com potencial totalmente desperdiçado! Paciência, parece que ainda vamos ter de aguardar mais um pouco até vermos um videojogo do género a ser bem adaptado... será Halo esse filme? Esperemos por 2007 para ver.

Bons filmes, até para a semana e um próspero ano de 2006. Para todos os leitores e colaboradores do cine7 umas boas entradas são os meus votos sinceros.

® Bruno Sá

1 Comments:

At 2:47 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Este foi daqueles filmes que me passou ao lado...talvez em DVD.

Abraços e Boas Entradas :)!

 

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