domingo, janeiro 27, 2008

O Comboio das 3 e 10

Título Original:
"3:10 to Yuma" (2007)

Realização:
James Mangold

Argumento:
Halsted Welles & Michael Brandt

Actores:
Russel Crowe – Ben Wade
Christian Bale – Dan Evans
Peter Fonda – Byron McElroy
Logan Lerman – William Evans


Coube a James Mangold (Walk the Line, 2005) a realização deste remake do filme realizado por Delmer Davies em 1957, com Glenn Ford e Van Heflin como protagonistas. Uma tarefa já de si nada fácil. Fazer um western actualmente requer uma capacidade de saber arriscar, uma vez que os filmes mais recentes deste género tendem muitas vezes a ser comparados com outros filmes da época de ouro dos cowboys no cinema. E essa comparação nem sempre é positiva. Talvez seja por isso que muitos daqueles a quem actualmente chamamos melhores realizadores, exceptuando Clint Eastwood, não tem um western no seu currículo.

Mangold conseguiu encontrar uma excelente dupla de actores: Russel Crowe e Christian Bale. O que por si só já vale o filme. Crowe é Ben Wade, um fora-da-lei tão famoso quanto temido nas terras do oeste americano que é preso na sequência de um assalto. Bale é Dan Evans um rancheiro pobre que sobreviveu à guerra civil, recebendo uma pequena pensão por ter ficado debilitado. Pelo dinheiro que lhe é oferecido e que pode ajudá-lo a dar melhores condições de vida à família e manter o rancho, Evans aceita juntar-se ao grupo dos notáveis da cidade para escoltar Wade até Yuma. Lá, o bandido apanhará o comboio das 3 e 10, que o vai transportar até ao sítio onde será julgado e provavelmente enforcado pela sua vasta lista de filmes. O percurso revela-se desde logo uma perigosa jornada, pois o bando de Wade não quer abrir mão do seu líder e pode atacá-los a qualquer momento. Wade não é um homem qualquer e vai tentando sempre encontrar forma de afectar a coesão do grupo, mas entre ele e Evans cria-se uma estranha ligação que os vai fazendo ganhar respeito mútuo.

Os protagonistas cativam-nos, o argumento é bastante satisfatório, porém ficou a faltar algo inesperado que nos fizesse dar um salto na cadeira. O ritmo do filme começa por ser um pouco lento e só acelera na segunda parte, com mais acção, recuperando algumas características dos velhos westerns. O que me desiludiu foi o final, perdão pela expressão, mas que raio de final foi aquele?

Enfim…pelo menos o filme vê-se bem e vale as duas horas de duração. Mangold pode dizer que fez bem em arriscar fazer um western, ainda que seja um remake.

® Isabel Fernandes

1 Comments:

At 8:38 da tarde, Anonymous Anónimo said...

"Que raio de final foi aquele?" lol
Todo o desenvolvimento da história indícia e torna aceitável aquele final... Nada surpreendente.
Bom filme. Não fica na memória, mas éum bom filmer.
Cumprimentos

 

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