domingo, junho 12, 2005

Realizador da Semana: Spike Lee

Talvez ou certamente o realizador negro mais importante da história do cinema? Talvez certamente. Lee, fã obssessivo dos New York Knicks, mesmo sem nunca ter aprendido a conduzir, com o seu talento e persistência abriu caminho aos directores afro-americanos firmando-se como um dos cineastas da América mais notáveis dos últimos vinte anos.

Nascido Shelton Jackson Lee, em Atlanta no ano de 1957, estudou cinema em Nova Iorque com sucesso. Apostando num cinema social cheio de significado e também de controvérsia, Spike começou a abrir caminho e muito bem com Os Bons Amantes, School Daze mas principalmente com o emblemático Não dês Bronca. Continuou a boa forma com Quanto Mais Melhor e A Febre da Selva que venceu em Cannes a menção especial do júri.

Em 1992 foi a vez do drama biográfico Malcolm X, sobre o homónimo líder negro lutador pela igualdade dos direitos civis. Seguiu-se o retrato de uma família em Brooklyn com Crooklyn, o drama criminal urbano Passadores e o discreto A Rapariga: Código 6.
Marcha sobre Washington a celebrar a famosa Million Man March não estreou em Portugal, tal como Tudo em Jogo e pode ter a mesma sorte o recente She Hate Me. Em Verão Escaldante e Bamboozled, Lee manteve-se igual a si próprio, irreverente e irrepreensível. A nossa última estreia, A Última Hora… bem, como é possível odiar racialmente alguém que faz um filme assim?

Pois, Spike não é politicamente correcto, o que lhe costuma custar a divisão da crítica norte-americana, e polémico é-o, mas, privarem-nos dos seus filmes em exibição comercial, vá lá, isso é brejeiro...

® Artur Almeida

2 Comments:

At 10:34 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Desta forma simples gostaria de felicitar-te pelo teu trabalho na "rubrica" «Realizador da Semana», sou da opinião de que veio enriquecer este blogue. Muitas vezes as pessoas esquecem-se que, por detrás de um grande filme está um grande realizador. E não é demais lembrar quem ele é, qual a sua forma de trabalho e os filmes do seu "curriculum".
Quanto a Spike Lee, tive a feliz oportunidade de ver «A Última Hora", é um dos mais marcantes filmes do pós 11 de Setembro, com Edward Norton, um actor cujo trabalho aprecio muito.
Cumprimentos e continua com bons trabalhos.

 
At 6:15 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Cara colega Isabel, fico encantado:) É muito honrosa a tua menção e coloca-me a fasquia ainda mais alta, o que acaba por saber bem. Coisas "simples" destas acabam por fazer as outras pessoas sentirem-se melhor e... não custa nada.
A Última Hora é na minha opinião um dos melhores filmes do novo milénio e Edward Norton talvez o melhor da sua geração.

PS: Tenho saudades das tuas críticas- Fica bem:)

 

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