domingo, setembro 18, 2005

Shrek

Título Original:
"Shrek" (2001)

Realização:
Andrew Adamson & Vicky Jenson

Argumento:
Ted Elliott, Terry Rossio, Joe Stillman e Roger S.H. Schulman, adaptado do livro de William Steig

Vozes (versão original):
Mike Myers - Shrek
Eddie Murphy - Burro
Cameron Diaz - Princesa Fiona
John Lithgow - Lord Farquaad



«Era uma vez…» Um começo clássico dos contos de fadas, seguido de uma cena que mostra a crítica por vezes mordaz deste filme aos tradicionais contos de fadas que preenchem a nossa infância e aos filmes de animação da Disney que tanto contribuíram para um maior conhecimento dos mesmos contos. Assim como há quem leve revistas para a casa de banho, Shrek leva um bonito e bem encadernado livro de contos, mas com as páginas destinadas a outros fins… Partindo do livro infantil ilustrado que William Steig publicou em 1990, os realizadores estreantes Andrew Adamson e Vicky Jenson, que tinham no seu currículo a série animada Ren and Stimpy, criaram uma sátira inteligente e cómica aos contos de fadas que todos conhecemos.


Shrek é um ogre, uma critatura verde, feia, malcheirosa e mal humorada que pretende viver na paz do seu pântano, mas é incomodado pelos aldeões de DuLoc, que têm medo dele. Mas nem tudo é o que parece e muitas vezes as aparências iludem, pois por trás da fachada de mau e perigoso, Shrek é tudo menos um monstro, no que respeita ao padrão/conceito tradicional de monstro. Lord Farquaad é o terrível senhor daquelas terras e decide livrar-se das criaturas dos contos de fadas, “despejando-as” no pântano de Shrek. É neste contexto que surge o inesquecível burro falante que se chama…Burro! O ogre fica bastante irritado por ter como vizinhos centenas de criaturas dos contos de fadas, dos quais se destacam: Os Três Porquinhos, Pinóquio e os Sete Anões, e então, acompanhado pelo burro tagarela, resolve ir falar com Lord Farquaad. O cómico vilão da história, um vaidoso anão, apodera-se do espelho da madrasta da Branca de Neve, que lhe mostra três pretendentes, pois ele precisa casar com uma princesa para se tornar rei. A escolhida é a bela Fiona que, vítima de um feitiço, está aprisionada num castelo distante, rodeado de lava e guardado por um dragão. Quando Shrek o procura para exigir explicações, Lord Faquaard propõe-lhe que salve a princesa em troca do seu pântano. Shrek e o Burro terão muitas aventuras e desventuras na sua frente para salvar uma princesa que rompe com os comportamentos convencionais das princesas dos contos de fadas. O destino prega uma partida a Shrek e em breve descobrirá que o é estar apaixonado.


A história está recheada de elementos cómicos que mostram alguma ousadia, situações que nos fazem rir e mostra que os filmes de animação podem ser divertidos tanto para crianças como para adultos, sem ter a por vezes obsessiva intenção moralizadora dos contos tradicionais. Contrariamente ao que algumas pessoas possam pensar, julgo que Shrek não pretende deturpar os contos tradicionais, mas sim pegar em elementos destes que por vezes são levados demasiado a sério e recriá-los de forma descontraída e com humor. Para este facto também contribui a boa escolha quanto às vozes dos conhecidos actores para versão original de Shrek, no entanto a dobragem em português também deve ser valorizada. As novas tecnologias de animação que permitiram dar tamanha expressividade às personagens do filme são realmente espantosas, no entanto espero que a animação em 3D não sentencie o fim da forma tradicional de animação a que a Disney nos habituou e o encanto que recentemente Les Triplettes de Belleville nos mostrou.

® Isabel Fernandes

3 Comments:

At 2:49 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Shrek foi uma agradável surpresa--- Já é clássico!

 
At 5:59 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Bom, eu dava-lhe 8/10...é um dos melhores filmes de animação que já vi :)!

Cumps. cinéfilos

 
At 12:46 da tarde, Blogger Juom said...

Eu devo ser dos poucos que acha o Shrek das coisas mais sobrevalorizadas dos últimos anos, mas pronto... tem piadinha e tal, mas não sou grande fã.

 

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