sexta-feira, abril 29, 2005

Dark City

Título Original:
"Dark City" (1998)

Realização:
Alex Proyas

Argumento:
Alex Proyas, Lem Dobbs & David S. Goyer

Actores:
Rufus Sewell – John Murdoch
William Hurt – Inspector Frank Bumstead
Jennifer Connelly - Emma Murdoch/Anna
Kiefer Sutherland - Dr. Daniel Schreber



Enquanto esta semana andava em mais um dos meus brainstormings individuais reflectindo sobre que filme havia de falar esta sexta-feira, uma simples mas feliz ideia passou-me pela mente: até que ponto Dark City é um nome familiar para muitos dos leitores deste blog? Sendo esta uma obra que pouco sucesso na altura fez e infelizmente acabou por cair no esquecimento, quantos saberão que, antes dos Wachowski lançarem o Matrix, já alguém tinha realizado um filme de características tão semelhantes que as comparações tornam-se inevitáveis. A todos aqueles que ainda não têm tal conhecimento (confiando que muitos são igualmente os que o têm) permitam-me com imenso prazer apresentar-vos a uma das mais fantásticas fantasias alguma vez reproduzidas a 24 frames por segundo no grande ecrã: ladies and gentleman, welcome to the world of Dark City.

A história do filme dá-nos a conhecer John Murdoch, um homem que sofre de amnésia, é procurado pela polícia sob a acusação de homicídio e ainda tem um estranho grupo de pessoas que o persegue sem razão aparente. No meio de todo este caos John procura descobir a sua identidade e, consequentemente, as razões que o levam a ser perseguido por tudo e todos. Mas será que a verdade encontra-se de facto na memória que perdeu?

Embora possam estar por esta altura a questionar-se sobre o que tem esta história a haver com a de Matrix, acreditem que quando chegarem ao fim do filme irão com certeza melhor entender as suas semelhanças. Realizado por Alex Proyas (o mesmo do The Crow e mais recentemente de I, Robot), este é um dos mais belos filmes que alguma vez vi do ponto de vista do design visual! É pura e simplesmente espantoso... imaginem Gotham City, multipliquem por 100 e talvez possuam uma ideia do que aqui tento transmitir! Se o design é fantástico muito tem que agradecer à iluminação e fotografia que, tal como já acontecera em The Crow, são magníficas. Acabámos no fundo por possuir um filme que visualmente aproxima-se imenso das novelas gráficas, tão faladas na altura de Road to Perdition, mas que já tinham encontrado em Dark City um fiel representante! A juntar ao esplendor visual encontrámos um elenco competente, um brilhante argumento e uma realização a roçar a perfeição. Se houver algo negativo a apontar, indiscutivelmente é o final! Não pela forma como está escrito mas mais pela forma como foi realizado. Gosto de acreditar que tal ficou a dever-se aos produtores e à tentação de terem algo espampanante para mostrar e não ao realizador o que, se analisarmos a sua filmografia, acaba por fazer o seu sentido. Mesmo assim, tendo em conta o final algo deslocado, esta brilhante obra não perde a sua força com o tempo, muito pelo contrário! Após uma época de Matrix-mania, rasgados elogios a mil e um filmes por visualmente serem tão fiéis aos seus homólogos em banda desenhada, etc, etc, etc, ficámos a pensar como foi possível este filme, anterior a tudo isto, ter passado tão ao lado do público e críticos em geral!


Bom... não alongo-me mais em teorizações sobre o porquê de ser um filme esquecido! Uma obra fenomenal, aconselhada sem reservas que, espero, venha a ser (re)descoberta por todos que leiam esta review! Até para a semana e bons filmes...

® Bruno Sá

1 Comments:

At 9:32 da manhã, Blogger David Santos said...

muito boa sugestão!

 

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