quinta-feira, abril 26, 2007

Voando para Casa

Título Original:
"Fly Away Home" (1996)

Realização:
Carroll Ballard

Argumento:
Robert Rodat e Vince McKewin, baseado no livro de Bill Lishman

Actores:
Jeff Daniels – Thomas “Tom” Alden
Anna Paquin – Amy Alden
Dana Delany – Susan Barnes
Terry Kinney – David Alden

Não tenho a certeza se se trata de cinema material. Talvez seja um telefilme mas aqui vai: vi este há pouco tempo, no AXN, e foi daqueles casos em que, devido a não ter expectativas (uma vez que vi quase por acaso e não foi programado), encheu-me o papo, perdoem-me a expressão. Mas foi. Literalmente.

Adoro estes filmes doces, despretensiosos e feitos com carinho, ao que eu chamo labour of love (assim de repente, lembro-me de Emma). Claro que as paisagens norte-americanas absolutamente arrebatadoras que eu tanto venero ajudaram a esta minha vénia, mas a façanha de uma miúda de 13 anos que pilota (também quero!!) milhares de quilómetros, levando na sua asa os seus “filhotes” gansos (pouco) selvagens a bom porto, era qualquer coisa de inimaginável para mim até então.

Claro que não é uma obra cinematográfica, mas para mim fica na lista dos mais… doces. Altamente recomendável para quem partilha da paixão por animais (no meu caso, os elefantes) e da perspectiva de que são seres vivos iguais a nós, e não inferiores (ou será que nós é que não somos superiores? Deve ser isso.)

Jeff Daniels entrega-se à sua fácil faceta excêntrica como Thomas Alden, pai de Amy, interpretada por Anna Paquin, que é tão natural que até irrita (brincando), uma actriz-criança nomeada ao Oscar de Melhor Actriz Secundária por O Piano em 1993, mas que por estes dias mostra os seus dotes de mulher em filmes como X-Men (sim, a Rogue), Almost Famous e The Squid and the Whale.

O que me despertou mais a atenção neste filme foi o facto de alguns diálogos parecerem perfeitamente improvisados, com os actores a atropelarem-se uns aos outros numa conversa normal (como acontece no nosso dia-a-dia), ficando na retina a sequência em que Thomas arquitecta os seus planos de voo com o seu colaborador, tio de Amy, no alpendre da casa. Se há coisa que não me diz nada no cinema é o facto de toda a gente saber quando e o que falar, ou seja, não haver aquela interacção natural que leva a interrupções, interrogações, etc..

Filme nomeado para Óscar na categoria de Melhor Fotografia e baseado em factos verídicos. Uma tarde bem passada.

® Sara Vaz Franco

2 Comments:

At 10:34 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Concordo com a critica de que não será uma obra de arte, mas é sem dúvida um filme a ver. "Voando para casa" faz parte do programa de um projecto de cinema do algarve, do qual faço parte, e tem sido engraçado ver como plateias inteiras de alunos do 5ºano aderem facilmente e deixam-se comover com esta história. Além disso, em termos pedagógicos, o filme é bastante útil para ser explorado, nao só pela mensagem ecológica e humananitária que traduz, como pelas técnicas cinematográficas a que recorre.

Cumprimentos, e bons filmes!
André Mantas

 
At 7:25 da tarde, Blogger linfoma_a-escrota said...

nao sei se já te recomendei

www.vdeodroma.blogspot.com

 

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