domingo, julho 23, 2006

Piratas das Caraíbas: O Cofre do Homem Morto

Título Original:
"Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest" (2006)
Realização:
Gore Verbinsky

Argumento:
Ted Elliot & Terry Rossio

Actores:
Johnny Depp - Jack Sparrow
Orlando Bloom - Will Turner
Keira Knightley - Elizabeth Swann
Bill Nighy - Davey Jones


Após ter surpreendido tudo e todos há três anos atrás, o extravagante e desastrado Capitão Jack Sparrow está de volta para novas aventuras em alto mar. Tentando repetir o mega sucesso de Piratas das Caraíbas: A Maldição do Pérola Negra (305 milhões de dólares nos EUA e mais do dobro no resto do mundo) a Walt Disney Pictures e o produtor Jerry Bruckheimer investiram mais uns milhõezinhos na sequela, tendo mantido o mesmo realizador, os actores principais (e alguns secundários) e os argumentistas.

A história começa com o casamento estragado de Will e Elizabeth. Por terem auxiliado Jack Sparrow na sua fuga, Elizabeth e Will são condenados à forca por Lord Beckett (Tom Hollander), a nova e cruel autoridade de Port Royal. Para salvar a sua vida e a da noiva, Will aceita a proposta de Lord Beckett: procurar Jack e trazer-lhe a bússola dele. Incapaz de assistir a tudo de mãos cruzadas, Elizabeth consegue mais tarde embarcar num navio para procurar Will. Entretanto Jack Sparrow, de novo capitão do Pérola Negra, tenta fugir do terrível Davey Jones, outrora homem normal e agora uma criatura marinha medonha metade lula, metade caranguejo, que comanda o fantasmagórico navio Holandês Voador e tem sob o seu poder uma gigantesca criatura que com os seus tentáculos engole navios e arrasta os tripulantes para as profundezas do oceano. Alguns anos antes, Jack fizera um pacto com Davey, segundo o qual ficaria com o Pérola Negra durante dez anos e no fim desse tempo entregar-lhe-ia a sua alma. Ora esse tempo findou e se Jack não saldar a sua dívida, após a morte será condenado a uma eterna escravidão para com Davey, no fundo do mar juntamente com outros condenados transformados em hediondas misturas de criaturas marinhas. Arrastando outra vez Will e Elizabeth para as suas aventuras, Jack procura o lendário Cofre do Homem Morto, que contém o coração vivo de Davey Jones, e é a única solução para a sua salvação.

Piratas das Caraíbas: O Cofre do Homem Morto apresenta algumas diferenças em relação ao filme anterior. É mais sombrio e sério, apesar de, no que toca ao humor, ter também piadas e cenas engenhosas e cómicas que felizmente não são repescadas do primeiro filme. Veja-se a parte em que Jack Sparrow vai parar a uma ilha de canibais. Há mais lutas de capa e espada e travam-se mais batalhas em alto mar, tendo as personagens que lutar constantemente pela sua sobrevivência. Por outro lado, são postos em causa de forma mais intensa valores como a amizade, a lealdade, o companheirismo, a coragem, confrontados com as situações extremas da vida dos piratas. Piratas das Caraíbas: A Maldição do Pérola Negra foi mais “descontraído”. Nos momentos finais da sequela ficam algumas dúvidas no ar que só serão esclarecidas se houver mesmo um terceiro filme para fazer uma trilogia…

Por último ficam os elogios à maneira única como Johnny Depp mais uma vez compõe a sua personagem, arrisco dizer a sua interpretação neste filme supera a boa interpretação que fez como Ichabod Crane (A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça de Tim Burton). Tudo isto fez com que se tornasse no “chamariz” de público do filme que agora estreou. Orlando Bloom e Keira Knightley estão mais activos na história, embora esta não os favoreça muito como par amoroso. Bill Nighy (O Amor Acontece) está irreconhecível por baixo da caracterização excelente (que se estende à tripulação do Holandês Voador) em que o seu rosto é ocultado por um punhado de tentáculos viscosos. Quem gostou do primeiro filme não se decepcionará com o segundo, embora hajam as diferenças que anteriormente referi.

® Isabel Fernandes

7 Comments:

At 12:58 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Sete * para este filme é, na minha opinião, excessivo. Apesar de muitas cenas de acção bem filmadas e do inesquecível Jack Sparrow (que aqui continua a ser o foco de atracção, apesar de se destacar menos do que no primeiro filme), esta é mais uma mega-produção à la Bruckeimer, cujo argumento é fracamente perceptível. Parece mais um filme feito para aproveitar o mote lançado pelo primeiro, e sobretudo para arrecadar mais uns milhões...blockbuster puro. Duas horas e meia que se tornam exageradas para o que se quer contar...objectivo: fazer o espectador embasbacar-se e vir ver o fim da trilogia. 4*

 
At 5:31 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Olá.Talvez tenhas essa opinião por não gostares muito deste tipo de filmes. Todos sabem que cada filme dos EUA é uma forma de arrecadar dinheiro, mesmo assim existem bons filmes como este.Acho que os filmes dos "Piratas das Caraíbas" não devem ser discriminados por serem blockbusters, como referes. Gostos não se discutem e as pessoas não são obrigadas a gostar só de filmes portugueses e de alguns países europeus. Quanto às estrelas, não lhes dês importância pois são uma forma pouco justa para classificar um filme.
De qualquer forma aceito a tua opinião e agradeço o comentário.
Cumprimentos***

 
At 9:36 da tarde, Blogger Ana said...

Oi. É só pa dizer que ouvi há pouco tempo na tv dizerem que vai haver um terceiro filme dos piratas, que na realidade foi filmado em conjunto com o segundo. O terceiro, se bem me lembro vai estrear daqui a 6 meses, mais coisa menos coisa.*

 
At 12:22 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Para mim sete estrelas é pouco...

Eu explico porquê, para mim cada filme tem que ser analisado na sua vertente, ou seja este terá que ser analisado na vertente de aventura. comparações com hard candys (como já vi em alguns blogs) ou outros filmes de um género diferente não são possíveis de fazer.

A verdade é que o filme tem um argumento fraco porém cumpre a sua missão entreter, e muito..sao duas horas e meia bem passadas...

8 estrelas!

 
At 10:50 da manhã, Blogger Sérgio Lopes said...

Concordo plenamente com o "anonymous". De facto, criticando o filme dentro do género que é, não se encontra melhor. è um cocktail explosivo de aventura e humor e as duas horas e meia passam a correr.

Se o seu sentido é entreter, então entretém mesmo, por iaso, 8/10!

Cumprimentos,

Sérgio Lopes

 
At 12:13 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Eu concordo com a opinião da Andreia Monteiro, as sequências de acção tornam-se longas,rebuscadas e demasiado burlescas pela "necessidade" de entreter,aquela da luta encima da roda do moinho de água então é simplesmente ridícula. O primeiro filme não teve metade do aparato e entreteu o dobro. O filme é visualmente impressionante e merece créditos por isso mas não é a quantidade do entretenimento que esta em causa e sim a qualidade do mesmo.Mas também é difícil julgar meio filme...

 
At 2:18 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Hunm...eu dou 8 estrelas pelo fato de o jack fikar meio apagado nesse filme po e no proximo filme deveriam arrumar uma garota para jack e colokar uma trilogia de running wild bom vlw ai pessoal

 

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