Instinto Fatal 2
Título Original: "Basic Instinct 2" (2006) Realização: Michael Caton-Jones Argumento: Leora Barish, Henry Bean & Joe Eszterhas Actores: Sharon Stone - Catherine Davis Tramell David Morrissey - Dr. Michael Glass Charlotte Rampling - Milena Gardosh David Thewlis - Roy Washburn |
Sem a novidade, sensualidade e criatividade do primeiro filme, a sequela do provocante e polémico Instinto Fatal usa os mesmo ingredientes – apesar de não ter o célebre cruzar de pernas –, passados agora para uma história intensa mas repetida e fraca, que ocorre em Londres. Sharon Stone continua sexy e fatal.
Um cabelo louro e liso. Uma figura esbelta e voluptuosa. Pernas longas e esguias. Olhar enigmático, repleto de sensualidade e perigo. Sharon Stone era assim no filme de 1992, altura em que o carácter provocador e sexual de Instinto Fatal a lançou para a fama. Nunca houve na história do cinema um cruzar de pernas tão característico e famoso, como aquele com que ela atraiu o seu isco, o detective Nick Curran, na cidade de Nova Iorque. Catorze anos depois, Sharon Stone, 48 anos, está de volta ao papel da escritora sensual e psicopata, Catherine Tramell, mas agora na Europa, em Londres e a verdade é que continua com a mesma sensualidade. Mas foi um processo moroso e muito complicado para a ter no filme e para escolher protagonista masculino e realizador – começou em 2000.
Se Sharon Stone, primeiro, quis um contrato especial, depois recusou o nome do ex-namorado de Júlia Roberts, Benjamin Pratt («por ser um mau actor»). Surgiram então nomes como Pierce Brosnan, Kurt Russell (que se recusou a fazer as cenas de nudez), Viggo Mortensen e Harrison Ford que acabaram por recusar o projecto. O escolhido foi então o inglês David Morrissey, experiente em séries e televisivas britânicas. Entre atrasos e escolhas difíceis, o nome do realizador acabou por se tornar também numa odisseia. David Cronenberg foi falado para o projecto, assim como o realizador do primeiro filme, Paul Verhoeven. No entanto, várias recusas fizeram a opção passar pelo escocês Michael Caton-Jones – realizador de Rob Roy e O Chacal.
A história começa com um acidente de carro peculiar em que Tramell, em circunstâncias sexuais - isso é coisa que não falta neste filme -, guia o carro de um famoso futebolista inglês – interpretado mesmo por um polémico jogador inglês, Stan Collymore – para o rio Tamisa, enquanto este a satisfazia manualmente. Ela consegue fugir, ele não. Acusada da morte do futebolista, Catherine Tramell, famosa escritora americana que retrata nos livros crimes macabros, vai ser avaliada pelo psiquiatra londrino Michael Glass (Morrissey). A química entre os dois é imediata, com Tramell a entrar no jogo de sedução. Tramell safa-se da acusação, mas procura Glass para consultas, onde supostamente procura perceber o seu gosto pelo risco. Tramell começa a envolver-se com os amigos de Glass e depressa começa o jogo de mentira e erotismo.
A construção da história é muito parecida com a do primeiro filme, só que pior, assim como os protagonistas. Esta sequela tão esperada e que tenta expor o lado negro da natureza humana vale mesmo pela interpretação e sensualidade de Sharon Stone que continua convincente, provocante e misteriosa.
® João Tomé
3 Comments:
não vi, mas não deve estar assim grande coisa... 6% no rottentomatoes, lol :)
Sharon Stone não consegue mais do que ser enjoativa, e mais do mesmo, no papel de mulher fatal...está anti-natural, pois parece que até para ir ao supermercado a nossa Catherine Tramell põe os saltos altos e o vestido justo. Nada demais, esta sequela.
Péssimo...
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