domingo, janeiro 15, 2006

Eu, Robot

Título Original:
"I, Robot" (2004)

Realização:
Alex Proyas

Argumento:
Jeff Vintar, baseado no livro homónimo de Isaac Azimov

Actores:
Will Smith – Del Spooner
Bridget Moynanhan – Susan Calvin
Alan Tudyk (voz) – Sonny



Todos costumamos imaginar como será o mundo no futuro, especialmente no campo da industrialização, do evoluir da nossa dependência em relação às máquinas sem as quais hoje não podemos dispensar: o computador e o telemóvel são exemplos. No caso deste filme de Alex Proyas (O Corvo, 1994) a grande temática é a relação entre o homem e a máquina, temática esta que não é recente na história do cinema e cujo exemplo mais dado é Blade Runner (Ridley Scott, 1982).

Pegando nas três interdependentes leis da robótica (um robot não pode magoar um ser humano, por exemplo) criadas por Isaac Azimov em 1950 no livro com o mesmo nome do filme, o realizador confronta o homem (Detective Del Spooner) e Sonny, um robô com uma particularidade muito interessante que o distingue dos demais. A acção decorre em 2035 na ultra moderna cidade de Chicago. Atormentado mais uma vez por um pesadelo de um acontecimento do passado, Spooner acorda supostamente para mais um dia um dia normal. As cenas iniciais são interessantes para vermos como o detective funciona como um elo de ligação ao passado distante que corresponde ao nosso tempo. Publicidade à parte veja-se os objectos dele: a aparelhagem ainda com controlo remoto e as adoradas sapatilhas All star de Spooner.

Após um pequeno incidente devido à sua desconfiança em relação aos robôs que se misturamcom as pessoas (que neles têm total confiança), Spooner chega ao trabalho e fica a saber da morte de um conhecido seu: Dr. Lanning, médico investigador e figura importante da empresa que fabrica os robôs, dirigida pelo ambicioso Bruce Greenwood. Todos, menos Spooner acreditam, que a vítima se suicidou. Acompanhado pela Dra. Calvin, uma espécie de psicóloga de robôs, Spooner descobre no local do crime a última criação de Lanning: Sonny. Suspeitando que o robot fosse o assassino, o detective persegue-o, mas em breve descobrirá que não só Sonny foi criado para um propósito como há uma terrível conspiração entre as máquinas (fartas da servidão para que eram criadas) que põe em risco a raça humana.

Will Smith podia ser o típico herói que faz gracinhas como noutros filmes, mas aqui o seu olhar magoado devido aos tais acontecimentos do passado (que o levam a não confiar em robôs) faz com que notemos mais maturidade na sua forma de interpretar. A personagem de Smith representa por vezes os nossos receios e perspectivas em relação aos limites que as novas tecnologias podem alcançar ou mesmo ir mais além. Sonny, personagem bastante bem feita a computador, representa um robô diferente, cuja capacidade de raciocínio coloca sempre em causa a finalidade da sua existência e dos outros robôs. Como e quais serão as novas tecnologias? Qual a proximidade que um robô pode atingir em relação ao homem? Se este filme valesse só pelo deslumbramento dos cenários futuristas, estas dúvidas não ficariam por esclarecer.

® Isabel Fernandes

2 Comments:

At 8:31 da tarde, Anonymous Anónimo said...

ora aqui está um filme que me divertiu bastante, o tom mais leve levado pelo realizador funcionou bastante bem sobre a sua capa de aventura de ficção científica... A título pessoal, preferia que o tema fosse muito mais aprofundado. Um pouco como "The Island" de Bay, diverte quanto baste...nada mais!

 
At 1:39 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Também achei o filme leve e divertido e bem melhor do que "The Island"!

Abraço

 

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