sexta-feira, janeiro 27, 2006

King Kong

Título Original:
"King Kong" (2005)

Realização:
Peter Jackson

Argumento:
Pter Jackson, Fran Walsh, Philippa Boyens, Merian C. Cooper & Edgar Wallace

Actores:
Naomi Watts - Ann Darrow
Jack Black - Carl Denham
Adrien Brody - Jack Driscoll


Peter Jackson realizou o sonho de infância e deu vida à história de Kong, que teve um impacto estrondoso nos anos 30. Com um elenco perfeito e a “magia” das novas tecnologias conhecemos um Kong muito expressivo e humano, preso há séculos numa ilha remota.

Uma ideia pouco original, mas uma realização audaz (embora por vezes exagere nos efeitos) e um elenco brilhante trazem encanto a uma história antiga que conhece agora a intensidade das novas tecnologias. Não só temos um Kong (o grande gorila) com muitos sentimentos e uma face que revela emoção, como a sua “amada”, Naomi Watts, tem uma interpretação convincente, fazendo da relação gorila/mulher, um trunfo e não uma mera repetição.

Com muitos milhões investidos – é já um dos filmes mais caros da história, no sexto lugar –, os grandes estúdios de Hollywood permitiram a Peter Jackson – que realiza, produz e escreve o argumento – satisfazer um sonho e obsessão de infância, voltar a retratar o gorila gigante Kong, com o remake do filme de 1933. A aposta é arriscada e só viu a luz do dia graças aos milhões que Jackson ganhou e deu a ganhar com a saga de Senhor dos Anéis. Neste filme tudo é gigantesco, inclusive o tempo, nada menos do que 187 minutos intensos e que acabam um pouco abruptamente.

Para quem conheça o filme de 1933, o rumo dos acontecimentos é literalmente igual - o que é mais uma prova de que se trata de uma obsessão de Jackson -, mas a intensidade e verosimilhança faz a diferença – um sinal dos tempos. Para quem não viu nem conhece o original tem muito a descobrir, já que a história não é a tipicamente comercial (apesar das lutas espectuculares que facilmente inspiraram os jogos de computador) a que nos acostumámos nos filmes actuais. Embora exista o romance, tão fulcral nos anos 30, e a aventura intensa, não existe relutância em arriscar, como se verifica mais actualmente.

Um gorila gigante é capturado na selva e levado para a civilização, onde será exibido. Contado assim, o novo desafio de Peter Jackson parece pobre e pouco prometedor. Mas a verdade é que o magnifico animal que tem as expressões e gestos do já especialista Andy Serkis – cujos movimentos também deram vida a Gollum, no Senhor dos Anéis – só aparece aos 70 minutos. Primeiro entramos na realidade da história, que se passa na Nova Iorque da época da Grande Depressão.

A bela Naomi Watts é Ann Darrow, uma actriz do mundo do vaudeville que se vê sem trabalho e sem dinheiro. O excêntrico Jack Black é o realizador aventureiro e fala barato Carl Denham que luta pela sua arte até às últimas consequências. Carl quer ir filmar para uma ilha que ninguém conhece o seu novo filme e quando praticamente todos o abandonam, recruta Ann como protagonista.
Perseguido pela polícia por roubar os produtores, parte de barco para a ilha com o seu assistente fiel (interpretado pelo filho de Tom Hanks, Colin) e com o ludibriado argumentista Jack Driscoll (Adrien Brody). Quando a tripulação do barco já está contra ele e disposta a entregá-lo à polícia, descobrem a mítica ilha da pior maneira, o barco fica preso em rochas. É a partir daqui que a verdadeira aventura começa, desde o momento em que Ann é raptada por indígenas que a querem oferecer ao grande Kong, até à missão de salvamento liderada por Driscoll, que entretanto se apaixona por Ann.

Os momentos mais especiais do filme, que inclui ainda lutas com dinossauros, mortes e plantas assassinas, são o aprofundar da relação entre Kong e a sua captiva Ann. É no olhar e brincadeiras entre os dois que se cria uma intimidade peculiar mas tocante. Depois de muitas aventuras no meio da ilha pré-histórica (algumas exageradas), assiste-se à traição e ambição desmedida humana, que leva Kong para Nova Iorque. De referir ainda que os termos King Kong, e “a oitava maravilha do mundo” são os slogans de “venda” de Kong em Nova Iorque, é apenas aí que surgem esses termos tão popularizados. Talvez por isso o marketing brutal feito ao filme por todo o mundo é irónico.

® João Tomé

5 Comments:

At 12:26 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Adorei este King Kong. A história entre a Besta e a Beleza esta verdadeiramente fascinante. Peter Jackson esta de facto de parabéns pois fez um óptimo trabalho.

Em relação ao vosso blog, também esta aqui um belo trabalho. Aproveito o momento para dar-vos a conhecer o CINEJORNAL (http://cinejornal.no.sapo.pt), um novo blog que agora esta a começar.

 
At 2:59 da tarde, Blogger Sérgio Lopes said...

Simplesmente, King Kong é um dos 5 melhores filmes de 2005! Otoque humano e sentimental de Peter Jackson fez claramente diferente. Na minha opinião, claramente 8+/10.

Cumprimentos,

Sérgio Lopes

 
At 3:18 da tarde, Blogger gonn1000 said...

Grande filme, gostei muito, desta vez o Jackson esteve bem nos blockbusters.

 
At 11:43 da tarde, Anonymous Anónimo said...

é um excelente filme de entretenimeno que nos faz dizer "ahhh!" e "Uau!" a certas alturas mas é um pouco longo demais para o meu gosto! Mas toda a equipa está de parabéns claro pelo excelente trabalho conseguido, principalmente Peter Jackson... gostei da tonalidade fantástica e grandiosa que ele dá aos seus filmes e a química entre Kong e Ann Darrow está cinco estrelas.

 
At 3:30 da tarde, Anonymous Anónimo said...

É um filme quase perfeito (falta o "quase"!).

Cumps.

 

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