Rasto Mortal
Título Original: "Wake of Death" (2004) Realização: Phillipe Martinez Argumento: Mick Davis & Laurent Fellous Actores: Jean-Claude Van Damme - Ben Archer Simon Yam - Sun Quan Philip Tan - Han Valerie Tian - Kim |
Abstracção sem forma nem conteúdo – Rasto Mortal é um exercício pedante e inútil, cheio de close-ups e artifícios visuais penosos de assistir, e sem o menor sumo ou justificação para existir. Recomenda-se que se evite, para não ter de o esquecer.
A mulher de Van Damme é assistente social e dá guarida por uma noite a uma menina que chegou numa leva de orientais clandestinos apanhados numa rusga da imigração.Ela é a filha de um chefe das tríades que vem atrás dela e para reavê-la mata quem está com ela, incluindo a mulher de Van Damme. Segue-se a vingança da praxe.
Não há por onde pegar neste filme. O vilão vem à procura da filha? Mas se ele nem sabe que ela fugiu para os EUA num barco de escravos traficado pelo próprio, acabada de chegar. Vai atrás da filha a um restaurante onde ela está a comer com a assistente social e os pais e mata-os a todos, mas sai do restaurante sem se preocupar em reaver a filha, nem sequer perguntando por ela antes de matar os presentes. O vilão age como um total idiota que se acha com estilo. Quase não abre a boca, e ainda bem, porque o seu inglês é péssimo.
Van Damme é o viúvo que jura vingança. É chefe de segurança numa discoteca, mas volta a casa após uma ausência de 10 dias e a esposa não lhe faz nenhuma pergunta. Tem sexo com ela com uma cara de concentração de quem não está a ter prazer nenhum nem sabe o que é fazer amor. Reservou uns minutos para dar um par de pontapés no final, e é tudo.
O duelo com o vilão é uma porcaria, como sempre que um argumentista se esquece que uma vingança não se pode ficar por um único tiro. Van Damme está sedento de sangue, mas depois de pôr KO meia dúzia de capangas sem nome, resume a sua tão ansiada vingança naquele que lhe assassinou a esposa e raptou o filho a um disparo certeiro. Não seria de esperar uma luta merecedora de coreografia? Afinal, o nome Van Damme nunca serviu para mais nada...
® Ricardo Lopes Moura
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