Elizabeth: A Idade de Ouro
Título Original: "Elizabeth: The Golden Age" (2007) Realização: Shekhar Kapur Argumento: William Nicholson & Michael Hirst Actores: Cate Blanchett - Elizabeth I Geoffrey Rush - Sir Francis Walsingham Clive Owen - Sir Walter Raleigh Samantha Morton - Mary Stuart Abbie Cornish - Elizabeth "Bess" Throckmorton |
Quase uma década após “Elizabeth” (1998) Shekhar Kapur dá continuidade à história de Isabel I de Inglaterra (1533-1603), conhecida como a Rainha Virgem, pois nunca se casou. No novo filme o realizador traz de novo a magnífica Cate Blanchett como rainha e Geoffrey Rush como o seu fiel conselheiro. A história de “Elizabeth: A Idade de Ouro” situa-se 15 anos após dos acontecimentos do primeiro filme.
Inglaterra, século XVI. Época de fanatismo religioso. Enquanto o império britânico carece de mais riqueza, o Filipe II de Espanha (Jordi Mollà), que tem o mais rico império do mundo, quer fazer uma espécie de guerra santa para espalhar o catolicismo em toda a Europa. No entanto, Elizabeth faz-lhe frente, pois quer que a religião do seu reino seja o protestantismo, embora boa parte dos súbditos queiram permanecer fiéis ao catolicismo. Isto faz com que a rainha seja amada por uns e odiada por outros que secretamente elaboram planos para a assassinar. Até a sua prima Maria Stuart, que se auto-proclama a verdadeira rainha de Inglaterra, entra nessa conspiração.
Na corte a dama de companhia favorita de Elizabeth é Bess. É através desta que a rainha consegue chamar à sua presença Sir Walter Raleigh, um aventureiro homem do mar que relata à rainha as maravilhas do “Novo Mundo” (América). A rainha apaixona-se por ele e quer cada vez mais estar perto dele, por isso manda Bess chamá-lo. É como se através da sua aia, Elizabeth pudesse tocar e dançar com Raleigh.
O amor proibido enfraquece a rainha numa altura em que a guerra com Espanha faz com que o seu inimigo Filipe II reúna uma poderosa armada que está cada vez mais perto do solo inglês. Tendo consciência disso, Elizabeth faz uso da sua grande capacidade política e estratégica e prepara-se para o que vier.
O filme mostra-nos a inquietude afectiva do interior de uma das mais destacadas rainhas inglesas, retratando-a como uma mulher sensível e frágil, prisioneira num mundo de aparências que a faz agir com firmeza, sem poder fraquejar, conferindo-lhe uma imagem quase implacável.
“Elizabeth” foi um dos primeiros filmes que assisti no cinema e fiquei surpreendida com a realização desta sequela que tem muito a ganhar com a interpretação de Cate Blanchett, com a ajuda de uma boa equipa de caracterização (maquilhagem), de guarda-roupa, de design dos cenários do palácio destacando sempre a cor dourada. O argumento torna as quase duas horas de duração mais fáceis de aguentar, e capazes de entreter pois o filme não é um retrato histórico minucioso. Fica a pergunta no ar: teremos futuramente um filme para fechar uma possível trilogia de “Elizabeth”?
® Isabel Fernandes
1 Comments:
Estava tudo planeado para ser uma trilogia, mas os fracos resultados de bilheteira e as más críticas que este filme tem recebido estão a pôr em causa essa decisão. Teremos de esperar a confirmação do realizador em relação à 3ª parte...
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