Missão Impossível III
Título Original: "M:I:III" (2006) Realização: J.J. Abrams Argumento: Alex Kurtzman & Roberto Orci Actores: Tom Cruise – Ethan Hunt Philip Seymour Hoffman – Owen Davian Michelle Monaghan - Julia Ving Rhames – Luther Strickell Jonathan Rys Meyers – Declan |
Estreou a 4 de Maio nas nossas salas de cinema o filme que completa a trilogia das aventuras do agente secreto Ethan Hunt. A Brian de Palma (Missão: Impossível, 1996) e John Woo (M:I:II, 2000) sucede J.J. Abrams – o criador de séries como Alias – A Vingadora e Perdidos – que tem em M:I:III a sua estreia como realizador e apresenta-nos um filme com uma balança equilibrada entre acção sem limites e alguma coerência do argumento.
Neste filme temos um Ethan Hunt como um homem comum que se apaixona e faz planos para casar e o Ethan Hunt que se esforça por manter secreta (até da namorada) a sua faceta de espião e agente secreto. Afastado das missões para treinar novos agentes, Ethan é contacto pelo IMF (Impossible Mission Force) para ingressar numa missão em que uma agente que treinou foi capturada por Owen Davian, um traficante de armas internacional com sérios indícios de psicopatia. Com o suceder dos acontecimentos a namorada de Ethan é raptada por Davian e o agente fará tudo para salvá-la e dar ao vilão um precioso objecto, sempre com o apoio da sua equipa.
Existem neste filme algumas coisas que diferem dos filmes anteriores. Uma destas coisas é obviamente o elenco, que desta vez parece ter sido escolhido com nota mais elevada. Tom Cruise igual a si mesmo à parte, destaca-se o restante elenco. Philip Seymour Hoffman – “oscarizado” como Capote no filme homónimo – que consegue transmitir a frieza e a crueldade que um criminoso sem escrúpulos tem. Zhen, o papel que coube a Maggie Q – estrela de acção de Hong Kong que contracenou com Jackie Chan em Hora de Ponta 2 (2001) – dá destaque não só à sua destreza como à sua beleza que acaba por ofuscar a de Michelle Monaghan. Jonathan Rys Meyers – que encantou em Match Point – é um ajudante de luxo, mostrando o seu lado versátil como actor de um filme de acção. Ving Rhames é o único personagem secundário que “sobreviveu” do primeiro filme até este e introduz alguns elementos cómicos.
Em M:I:III, J.J. Abrams deixou rolar as cenas mais aparatosas e constantemente explosivas e aproximou-nos do outro lado das personagens: as conversas sobre sentimentos e outros temas comuns, a exigência da preparação como agentes que são afinal heróis de carne e osso como todos nós, entre outras coisas. Como qualquer blockbuster este também é feito para arrecadar milhões nas bilheteiras, o que não significa que seja sinónimo de filme fraco, embora hajam coisas que podiam ter sido feitas de outra maneira que não a que todos esperam, como o final do filme, por exemplo. Mas isto diz respeito a gostos e já sabemos que gostos não se discutem, ou, há gostos para tudo.
® Isabel Fernandes
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