Chicken Little
Título Original: "Chicken Little" (2005) Realização: Mark Dindal Argumento: Mark Dindal & Mark Kennedy Actores: Zach Braff - Chicken Little Garry Marshall - Buck Cluck Don Knotts - Mayor Turkey Lurkey |
Chicken Little (Zach Braff) é um galo cheio de imaginação, que vive criando as maiores confusões. Um dia ele provoca o pânico generalizado na cidade onde vive, ao confundir a queda de uma avelã com a queda de um pedaço do céu. Após a verdade ser descoberta, Chicken Little perde todo o crédito junto dos habitantes, que não acreditam mais no que ele diz. Porém, quando um pedaço do céu realmente cai na sua cabeça, ele precisa de encontrar uma forma de salvar a cidade sem fazer com que todos entrem em pânico mais uma vez.
Começo já por dizer que a premissa me parecia interessante e que tinha criado algumas expectativas para a sua visualização, expectativas essas que saíram completamente frustradas passados apenas vinte minutos de filme. Numa recente avalanche de filmes de animação medianos como A Shark Tale ou Madagáscar a milhas de distância de The Incredibles ou Finding Nemo, Chicken Little encaixa perfeitamente nessa categoria.
Direccionado para o público infantil, o filme é a segunda incursão da Disney a solo na animação por computador (a primeira foi Dinossaur), após a separação da Pixar (entretanto reatada) e falha a diversos níveis. O personagem principal, o pequeno galo Chicken Little até é uma figura de aspecto original. O pior é que o espectador começa a deixar de sentir qualquer ligação emocional com ele, tal é a forma negativa como ele é descrito: inseguro, de grandes óculos, fraco fisicamente, ou seja, um nerd. Com esta descrição logo se denota a base da história que se baseia no cliché amplamente repetido da criança frágil no exterior e franzina que quer provar a todos da cidade (incluindo ao seu pai) que é forte e consegue salvar o mundo…
Depois o uso das músicas infantis também não funciona muito bem. Vejamos o exemplo de The Incredibles ou Finding Nemo, que tanto apaixonou miúdos e graúdos e não utilizaram esses temas musicais (cantados pelos próprios personagens) para ilustrar parte dos acontecimentos. Nem as vozes de Zach Braff (Scrubs, Garden State) ou Joan Cusack, entre outros, conseguem salvar o filme que a partir do momento em que o pedaço de céu realmente cai perde completamente o fio narrativo e até chega a ser aborrecido de visualizar.
Baseado na curta-metragem Chicken Little (1943), na qual um pequeno galo sente algo a cair do céu e corre a contar ao rei. Pelo caminho encontra uma série de animais (pato, ganso, etc), talvez uns dez ou onze. Mais tarde, o agora grupo de animais, encontra uma raposa que diz saber um atalho para o castelo onde se encontra o rei. No entanto, encaminha-os para o seu covil e…come todos os animais. A lição é: Nunca falar com estranhos em público. Pois é… a Disney, com esta nova versão de Chicken Litte para além de conseguir desvirtuar completamente essa lição, apunhalando o conto clássico, cria uma película com uma narrativa débil, personagens fracos, com pouco sentido, demasiado longa, povoada de clichés e gags falhados e totalmente ineficaz. Pode ser que com o reatar da parceria Disney/Pixar, voltemos a ter um clássico moderno de animação por computador.
® Sérgio Lopes
2 Comments:
Pois é... é para putos!
Talvez haja um dia um blog tipo isto: "cineinfantil", ou "cinechicken" ou mesmo "cineasia para putos"...e ai talvez lhe meta uma "cunha" para o deixarem "criticar" estes filmes.
Caro Infidel, o cinema como forma de arte que é, é passivel de dividir opiniões. Como tal, o que para mim é um filme que me desapontou, para si poderá ser uma obra-prima. Nesse sentido, a minha crítica a Chicken Little, baseia-se na minha opinião acerca do filme, a qual mantenho e reitero na medida em que se trata de um filme desapontante dentro do género. Com certeza outras pessoas terão a mesma opinião que eu, enquanto outras não.
Num país livre tenho direito à minha opinião e continuarei a transmiti-la com todo o prazer aqui no cine7 enquanto o responsável pelo blogue assim o entender, bem como no cineasia, deixando desde já bem claro que embora não seja formado em cinema, vejo imensos filmes há já bastantes anos que que me confere alguma credibilidade na minha análise aos filmes.
Quanto a cunhas, não preciso disso. Nunca fui apologista desse tipo de situações e volto a frisar que para além do prazer de escrever sobre cinema aqui no cine7, tenho o meu próprio blogue, o cineasia. Não ganho nada com isso a não ser o prazer de manifestar a minha opinião sobre uma das minhas paixões, que é o cinema.
Cumprimentos,
Sérgio Lopes
Enviar um comentário
<< Home