Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith
Título Original: "Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith" (2005) Realização: George Lucas Argumento: George Lucas Actores: Ewan McGregor - Obi-Wan Kenobi Natalie Portman - Padmé Hayden Christensen - Anakin Skywalker Ian McDiarmid - Supreme Chancellor Palpatine |
E pronto, a trilogia inicial está completa. Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith, que esteve em exibição nas nossas salas no início de 2005, apresentou uma boa proposta quer para os fãs quer para os "não-fãs" da fantástica saga Star Wars, com um desenlace rico em acção e emoções.
No princípio, era o bem. Perante a A Ameaça Fantasma (1999) e o Ataque dos Clones (2002), a temerária ordem Jedi e a sua República prevaleceram, sobrevivendo a múltiplas batalhas num espaço sideral digital- e, diga-se já sem novidade, muitíssimo bem construído e imaginado, à parte as falhas noutros pontos.
No meio dessa modernizada mas tradicional guerra entre o bem e o mal, entre mestres, senadores e realeza, uma criança aprendiz de Jedi chegou longe com a sua determinação e ambição. Mas, qualquer coisa como diz aqui mestre Yoda, tudo o que se ambiciona demasiado ou se teme perder aproxima-nos do Lado Negro ... É essa aproximação que Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith, fim da trilogia
inicial de George Lucas ("explicação" do Star Wars de 1977) descreve, com subtileza minguante e com acção crescente, neste terceiro episódio há muito
aguardado.
Mesmo para quem não é adepto do género, algures situado entre o blockbuster e a ficção científica de hipnotização pelo espanto, tornar-se-à evidente que George Lucas, o realizador e autor, se esmerou mais do que nunca nesta última película. A verdade é que a mesma apresenta, face ao episódio anterior - O Ataque dos Clones -, um grau crescentemente entusiasmante de emoção que atrai o espectador para o rol de acontecimentos - quiçá porque já sabemos, por alto, o que se vai passar, ou porque nos deixamos enredar nessa estranha teia tecida pela aliança entre os efeitos digitais de excelência e a inexorabilidade de uma tragédia grega.
A história é a prequela explicativa da existência de Luke Skywalker, o redentor, bem como de Darth Vader, o perturbado (e ofegante!) líder traído pela própria vontade. Um narrar de algo que, no fim, e simplificando, pode ser apenas uma luta entre o amor e a ira, no qual a troca de um pelo outro determina o futuro da Galáxia...e pensar que, não fossem os efeitos especiais, isto poderia ser uma história quase banal.
Anakin Skywalker, interpretado mais uma vez pelo jovem Hayden Christensen, é o grande protagonista desta trama, e o personagem que vai ditar toda a sequência dramática - tal qual um Édipo dos tempos robotizados, que atrai o clímax pela conturbada opção entre a devoção, de um lado, e o amor e a ambição, o poder que injustamente lhe é negado, de outro.
Fala-se de uma certa inexpressividade de Hayden Christensen - que não é totalmente mentira, mas que aqui parece assentar que nem uma luva ao papel exigido: o de alguém consumido por pesadelos e desejos conflituosos, de ímpeto forte, e que, sobretudo, cresceu (em maturidade e em figura) face ao rapazinho do primeiro episódio. A verdade é que a presença de Anakin está suficientemente afirmada pelo actor, num filme em que é a história a comandar os próprios personagens e a fazê-los chocar uns contra os outros.
Em suma, e esquecendo a previsibilidade dos duelos entre o bem e o mal, Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith reserva boas surpresas e consegue envolver o público, através de um estímulo que vem de boas cenas de acção e do próprio conflito inerente ao argumento, que gera vários momentos de confronto (interior ou exterior) e proporciona uma forte carga emocional que acrescenta, oportunamente, mais essência à elegia ao domínio do tecnológico que é esta saga. De facto, torna-se cada vez mais intrigante e fascinante a forma como um filme feito dentro de um exíguo estúdio é capaz de aparecer rodeado de tal aparato no grande ecrã...é a maravilha da tecnologia intergaláctica...
® Andreia Monteiro
4 Comments:
filme realmente fantastico esse. Um grande abraço!
É bonzito, mas não creio que seja um regresso em grande. Mas também não sou fã da saga...
Um grande filme...tenho dito :P!
Beijos
é um bom filme, mas não é um regresso em grande como diz gonn1000. O que eu gostava de ver era um Star Wars mais adulto,enfim...
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