Danny the Dog – Força Destruidora
Título Original: "Danny the Dog" (2005) Realização: Louis Leterrier Argumento: Luc Besson Actores: Jet Li - Danny Morgan Freeman - Sam Bob Hoskins - Bart Kerry Condon - Victoria |
Os valores que nos formam enquanto pessoas costumam ser aprendidos desde tenra idade. Neste filme escrito pelo cineasta francês Luc Besson somos guiados pela história de um rapaz tratado toda a sua vida como um “cão” de luta, sem valores nem educação. Sempre “programado” para obedecer e lutar até à morte. Mas a bondade também existe onde menos se espera. Acção e emoção num filme que vale a pena.
Esta é uma história aliciante não só pela acção que tem, não em demasia, mas também por ser uma história de esperança, de sentimentos que cativam e emoção. Os ingredientes habituais no cineasta Luc Besson, que apenas escreveu o argumento estão todos lá. Tal como em Leon - o Profissional não deixa de haver violência mas por entre a aparente brutalidade surge uma história comovente e agradável que aqui tem o talento especial de Morgan Freeman e Bob Hoskins.
O filme, realizado pelo “discípulo” de Besson, Louis Leterrier, conta-nos a história de Danny (Jet Li), um jovem de origem oriental cujo único ensinamento que teve ao longo da vida foi causar a dor aos outros. Danny é “utilizado” para lutas até à morte e é tratado como um autêntico escravo, ou cão, pelo seu “dono” Bart – que utiliza mesmo uma coleira na sua “propriedade”. Bob Hoskins encarna esta personagem cruel e intransigente com um realismo impecável, transmitindo uma sensação clara de medo deste “criador” de humanos para luta. Bart (Hoskins) leva o seu prodígio da luta a clubes ilegais por toda a América onde ganha fortunas. O jovem Danny sempre viveu toda a sua vida numa cave, sem qualquer contacto com o mundo exterior sempre na expectativa pela próxima luta – onde ele é mortífero, visto ter sido a única coisa que lhe ensinaram desde pequeno. Mas apesar de ser uma máquina assassina a sua personalidade é equivalente à de uma pequena criança, sempre muito curioso e com desejo de aprender o que lhe foi sempre recusado.
A história do filme e das personagens muda repentinamente quando na sequência de um acidente de automóvel, Bart acaba por ficar em coma e Danny foge. Naquela que é uma descoberta de um mundo novo o jovem “virgem” da sociedade e de todos os aspectos que damos por adquiridos conhece Sam (Morgan Freeman), um cego afinador de pianos, tão bondoso quanto interessado. Esta é a segunda parte do filme em que acompanhamos um jovem que apenas tinha conhecido luta a ser guiado a um outro lado da vida que desconhecia pelo calmo e ponderado Sam. Morgan Freeman é adequado ao papel com o seu estilo de voz e actuar que é tão pacífico quanto interessante e educativo. Sam descobre em Danny e Danny descobre em si próprio a bondade e sentimentos positivos naturais que foram durante tanto tempo reprimidos. Mas Danny vai ter de voltar a lutar desta vez para não perder a sua nova “família”, as suas novas descobertas e a sua liberdade. O argumento é apelativo e resulta bem aliado a um elenco apetecível e uma realização interessante de Louis Leterrier.
Os Massive Attack fazem a banda sonora para o filme. E a escolha não poderia ser mais adequada. Com uma história onde a acção, violência e velocidade são o princípio para os sentimentos, emoção e bondade, a música agressiva mas com sentimento dos Massive Attack encaixa muito bem em várias cenas do filme. A tonalidade mexida e cativante do “trip-hop” da banda inglesa nunca nos distrai da história mas potencia-a e completa-a. É um casamento perfeito naquela que é a primeira vez que os Massive Attack participam numa banda sonora de um filme. A banda de Bristol escreveu e gravou de propósito para o filme a pedido de Luc Besson.
® João Tomé
1 Comments:
é um filme que não brilha mas é bastante razoável, excelente para passar o tempo... Também gostei da participação dos Massive Attack!
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