Realizador da Semana: Maurice Pialat
Maurice Pialat, um dos cineastas mais interessantes, iconoclastas e pessoais que o cinema francês nos proporcionou nas últimas décadas, era igualmente conhecido pela sua personalidade extremamente difícil e provocatória. Quanto a esse aspecto, a registar o insólito episódio aquando da sua vitória em Cannes: ao receber a Palma de Ouro por unanimidade pelo filme Sob o Sol de Satanás, foi vaiado pela audiência, ao que este respondeu, de punho erguido, que também não gostava deles.
Nascido a 31 de Agosto de 1925 na região francesa de Auvergne, Pialat, que trabalhou como pintor antes de se tornar cineasta, poderá dever o constante estado de cólera que parecia definir a sua personalidade, devido às feridas que lhe deixaram uma infância e adolescência difíceis, com períodos em reformatórios, e, posteriormente, na sua marginalização da Nouvelle Vague, se bem que esta provavelmente terá acontecido por auto-exclusão.
Depois de uma série de sete curtas-metragens, o francês, que participou em todos os argumentos dos seus filmes, dirigiu a longa L’ Enfance Nue, sobre o isolamento de um rapaz de dez anos, filho de mãe solteira, ao passar por várias famílias que dão preferência aos seus próprios filhos; Nous ne Vieillirons pas Ensemble, um drama de amor autobiográfico que valeu a Jean Yanne o prémio de melhor actor em Cannes; La Gueule Ouverte, um impressionante estudo sobre os efeitos da morte no seio de uma família; Passe ton Bac d’Abord, um drama social que capta as vicissitudes da vida estudantil em tempos de crise; Loulou, novo drama social, sobre a revolução sexual francesa que junta Gerard Depardieu e Isabelle Huppert; Aos Nossos Amores, um retrato absorvente da vida sexual e sentimental de uma rapariga de 15 anos em confrontamento com a família, que acabou galardoado com o César de melhor filme; Police, um drama criminal que proporcionou a Gerard Depardieu o prémio de melhor actor no Festival de Veneza e contou com a participação da bela, e jovem, na altura, Sophie Marceau.
Maurice Pialat, o controverso francês que nos deixou no início de 2003, não foi um grande mestre europeu nem nenhum caso sério de popularidade internacional, mas convém estar atento à sua obra, pode ser uma decisão muito acertada.
® Artur Almeida
Nascido a 31 de Agosto de 1925 na região francesa de Auvergne, Pialat, que trabalhou como pintor antes de se tornar cineasta, poderá dever o constante estado de cólera que parecia definir a sua personalidade, devido às feridas que lhe deixaram uma infância e adolescência difíceis, com períodos em reformatórios, e, posteriormente, na sua marginalização da Nouvelle Vague, se bem que esta provavelmente terá acontecido por auto-exclusão.
Depois de uma série de sete curtas-metragens, o francês, que participou em todos os argumentos dos seus filmes, dirigiu a longa L’ Enfance Nue, sobre o isolamento de um rapaz de dez anos, filho de mãe solteira, ao passar por várias famílias que dão preferência aos seus próprios filhos; Nous ne Vieillirons pas Ensemble, um drama de amor autobiográfico que valeu a Jean Yanne o prémio de melhor actor em Cannes; La Gueule Ouverte, um impressionante estudo sobre os efeitos da morte no seio de uma família; Passe ton Bac d’Abord, um drama social que capta as vicissitudes da vida estudantil em tempos de crise; Loulou, novo drama social, sobre a revolução sexual francesa que junta Gerard Depardieu e Isabelle Huppert; Aos Nossos Amores, um retrato absorvente da vida sexual e sentimental de uma rapariga de 15 anos em confrontamento com a família, que acabou galardoado com o César de melhor filme; Police, um drama criminal que proporcionou a Gerard Depardieu o prémio de melhor actor no Festival de Veneza e contou com a participação da bela, e jovem, na altura, Sophie Marceau.
Maurice Pialat, o controverso francês que nos deixou no início de 2003, não foi um grande mestre europeu nem nenhum caso sério de popularidade internacional, mas convém estar atento à sua obra, pode ser uma decisão muito acertada.
® Artur Almeida
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home