Reino dos Céus
Título Original: |
Há muito tempo que Ridley Scott demonstrava interesse em realizar um filme sobre a Idade Média e os lendários cavaleiros que a caracterizavam e procurava a história ideal para a retratar. Eis então que surgiu o argumentista William Monahan e apresentou-lhe uma história que o viria a convencer e a resultar neste filme.
Reino dos Céus é um épico monumental cuja acção começa em 1186, num breve período de tréguas entre cristãos, muçulmanos e judeus entre a 2ª e a 3ª Cruzadas. Como fizera em Gladiador, para protagonizar a história o realizador escolheu um homem comum que ascendeu à condição de herói e que toma por missão proteger o povo, com o risco de perder a sua vida. Balian de é um jovem ferreiro amargurado pela morte prematura do seu filho e suicídio da sua mulher e um dia é procurado por Godofredo de Ibelin, um conceituado nobre de Jerusalém, a Terra Santa, onde luta para manter a paz. Ao saber que é seu filho ilegítimo reúne-se-lhe na sagrada missão, acreditando que em Jerusalém poderia redimir-se dos seus pecados e encontrar um novo sentido para a sua vida. Após a morte do pai, herda-lhe o título de Barão de Ibelin e um território em Jerusalém. Numa terra nova e estranha Balian de Ibelin torna-se um honrado e heróico cavaleiro, dedicado ao rei e comprometido em defender Jerusalém e manter a frágil paz com os muçulmanos.
Era a época em que os Templários, cavaleiros cristãos oriundos dos países europeus, empreendiam aventurosas jornadas (hoje conhecemos o seu lado negro) para recuperar Jerusalém, a terra santa, e espalhar o cristianismo pelos muçulmanos que a ocupavam. Do lado cristão estava o Rei Balduíno IV, personagem histórica real que sempre tentou manter sempre a paz entre cristãos e muçulmanos durante a sua curta vida (24 anos) e era obrigado a usar sempre uma máscara para esconder as mazelas da lepra que o consumia; do lado muçulmano estava Saladino, outra personagem histórica real considerado o maior guerreiro e diplomata da história dos muçulmanos e das Cruzadas. Nisto reside uma das minhas decepções em relação ao filme, o Rei Balduíno IV é essencial para a história, mas é um papel quase de figurante em relação ao qual Edward Norton e o seu talento mereciam que lhe fosse atribuído outro papel, é apenas reconhecível se estivermos atentos à voz ou mais facilmente se estivermos atentos às legendas finais do filme.
Reino dos Céus é o épico de Ridley Scott que se segue a Gladiador, que obteve como sabemos grande sucesso, daí que se gerasse uma grande expectativa em torno do novo épico Reino Céus e surgissem as inevitáveis comparações. Uma das coisas que torna Gladiador melhor que este filme é o importante facto do argumento ser mais consistente e mais bem conseguido.
O realizador estará provavelmente bastante farto de tantas más críticas que tem recebido nos últimos dias. Será injusto se alguém criticar o filme com sentido negativo antes de o ver, se é que o chegou a ver. Outro facto criticado é o da escolha de Orlando Bloom, acusado de ser um “monumento de inexpressividade”, para protagonista. É certo que a escolha terá sido baseada no facto de ser um actor bastante popular entre os jovens, mas há que escolher formas de atrair um tipo de público que não é muito dado a filmes épicos ou históricos. É um actor jovem, acho que não devemos dizimá-lo com críticas duras, mas sim esperar por mais filmes.
Apesar de tudo acho que é um filme a ver, quanto às conclusões que as faça quem, como eu, viu este filme.
® Isabel Fernandes
1 Comments:
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